Black Paradox é um mangá de volume único, mas com uma história um pouco maior do que costumamos ver em outras edições das obras do Junji Ito. Aqui, há bastante informações e acontecimentos, o que faz com que a história crie rumos inesperados e cada vez mais grandiosos (e bizarros).
Por conta disso, acredite: se você acha que já teve todo o contato com as bizarrices criadas pela mente do Junji Ito e que nada mais pode te surpreender, leia Black Paradox. Encontrei nesse mangá um enredo que não imaginei nem nos meus maiores pesadelos, sendo impossível de não associá-lo também com uma viés filosófica e profunda sobre a humanidade.
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Título: Black Paradox
Mangaká: Junji Ito
Quantidade de páginas: 208
Editora JBC
Gênero: Ficção / HQ, comics, mangá / Ficção Científica / Suspense / Horror
Ano: 2023
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Minha classificação: ★★★★★ (5/5)
* Mangá cedido pela editora
“Pelo futuro da humanidade”
Um grupo de desconhecidos marca um encontro pelo site Black Paradox com um único interesse e objetivo em comum: o suicídio. Eles decidem seguir juntos em uma viagem pela busca do local perfeito e do jeito perfeito para o ato.
Cada um tem um certo motivo peculiar para querer a morte. Marusoh tem premonições ruins sobre o seu futuro que lhe causam uma ansiedade extrema; Taburoh é perseguido por seu doppelgänger, o que já anuncia a sua morte; Piitan, junto com colegas de trabalho, criou um robô com aparência idêntica a sua, o que fez com que ele fosse substituído pelo robô nos meios sociais; e Baratchi tem uma cicatriz enorme no lado direito do rosto e uma terrível impressão de que seu reflexo no espelho a encara de volta.
Entretanto, a busca pela morte perfeita será apenas o estopim para uma série de acontecimentos bizarros que irão os aproximar ainda mais e os colocarão no centro do futuro da humanidade, sem chances de voltar para vida normal.
Com isso, Black Paradox traz um enredo bizarro que toma proporções inimagináveis, contendo até mesmo uma áurea de reflexão em meio a história e os ideais dos personagens. Essa edição também contém duas histórias menores avulsas, que são A mulher que lambe e Pavilhão sobrenatural, tão sinistras quanto a principal.
TW: a obra aborda bastante o suicídio.
Black Paradox nos mostra mais uma faceta do horror de Junji Ito
Que bizarro. Totalmente bizarro. Eu adorei! Sinto que o Junji Ito sempre consegue me impressionar e surpreender, e dessa vez não foi diferente. Desde o início já senti o estranho nas páginas, ainda mais por tratar de um assunto tão pesado e intenso.
Mesmo assim, o mangaká consegue lidar de forma cuidadosa com o tema, sem deixar de lado a estranheza e o sobrenatural que rodeiam a história. A forma como ele traz a reflexão sobre o “bem da humanidade” também é muito interessante. Afinal, nós queremos o bem da humanidade ou o bem para nós mesmos? O quanto essa obsessão pode ser prejudicial para o destino da humanidade e como a salvação pode acabar se tornando o tormento e o caos de todos?
Além disso, as duas histórias extras também são ótimas, o que complementam o mangá de forma majestosa, finalizando com o ápice do bizarro e do nojento. Resultando, assim, em um mangá perfeito para os já fãs do Junji Ito e também ideal para um primeiro contato com o Mestre do terror.
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