Resenha: “Museum – O Assassino ri na chuva #03” – Ryousuke Tomoe

O Museum – O Assassino ri na chuva #03 encerra magistralmente o mangá. Com personagens mútiplos, o mangaká faz com que nos conectemos com o detetive, tendo o mesmo desespero do personagem durante todo esse volume. É desesperador e você não consegue largar as páginas até finalizar a leitura.

Neste volume também há uma história extra no final, intitulada Dizem que somos amigos. Nela conhecemos um trio de amigos que estão terminando o ensino médio, cada um desejando traçar um caminho diferente, o que os colocarão longe um dos outros. Para passar um momento juntos, vão passear de carro enquanto contam histórias de fantasmas.

⚠ Essa resenha tem spoiler de acontecimentos importantes do volume 01 e 02. Leia por sua conta e risco.

Leia também: Museum – O Assassino ri na chuva #02, de Ryousuke Tomoe

O museu está (quase) completo

Hisashi Sawamura está preso em um cômodo isolado na casa do serial killer com máscara de sapo. O detetive conseguiu descobrir o motivo do assassino usar aquela máscara apavorante e aparecer só em momentos de chuva, isso devido a uma doença grave de pele. Também descobriu o local que o assassino mora, indo direto para uma armadilha.

Agora, ele precisa montar um quebra-cabeças que esconde a senha da porta, pois só assim ele conseguirá sair do cômodo e encontrar sua família novamente. O problema é que tudo isso não passa de um jogo mortal e nojento do assassino, feito especialmente para abalar a sua cabeça e seus sentimentos mais profundos.

Encerrando o mangá nesse terceiro volume, Ryousuke Tomoe consegue surpreender até a última página. Essa é a palavra perfeita para os três mangás: surpreendente.

Além disso, a arte expressiva que nos transmite as dores, o desespero e a brutalidade, casa perfeitamente com o enredo que traz um serial killer pavoroso e medonho. Cada cena desse mangá pode ser considerado uma obra de arte, ao contrário das atrocidades vistas da mesma forma pelo assassino que tenta finalizar o seu próprio museu.

Museum – O Assassino ri na chuva #03 finaliza o mangá com a mesma maestria que iniciou: muita ação, surpresas e batimentos cardíacos intensos

Que desfecho! Que final! Basicamente maratonei os três volumes desse mangá e não me arrependo. A história é muito boa, fechada e intensa. Há personagens odiosos, mas também há personagens que me conectei rápido, torcendo para eles.

Nesse volume a ação é ainda mais crescente e isso fica claro com a arte em movimento (que é sensacional). Não imaginava que a história ia trazer cenas tão fortes, mas gostei de como foram desenvolvidas e de como chegamos ao final. Pensei que quase ia morrer de tanta ansiedade para saber se a família ia continuar viva ou não, por isso basicamente engoli as páginas.

Além disso, nesse também tem uma história avulsa extra no final. Gostei menos do que a do volume anterior, mas, no geral, achei boa. Traz uma questão de lapso temporal bem legal, o que nos deixa com uma pulguinha atrás da orelha nas páginas finais.

Por conta disso tudo, quero muito ler mais coisas desse mangaká! Espero que a JBC invista em mais obras do autor, pois tenho certeza que ele será aquela leitura certeira quando quisermos algo brutal e de ótima qualidade artística e narrativa. Sei que ele não decepcionará.

E você, já separou os três volumes de Museum para iniciar a leitura? O que achou do desfecho? 💬

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