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Assassin’s Creed: é realmente tão ruim quanto as críticas?

Reprodução: Google

“Cal Lynch revive as aventuras do guerreiro Aguilar, seu ancestral espanhol do século XV. Dotado de novos conhecimentos e incríveis habilidades, ele volta aos dias de hoje pronto para enfrentar a poderosa organização dos Templários.” Assista ao trailer

O filme Assassin’s Creed é dirigido por Justin Kurzel e baseado na franquia de games da Ubisoft que leva o mesmo nome. No elenco contamos com as atuações de Michael Fassbender, que faz o papel principal, Marion CotillardJeremy IronsMichael K. Williams, entre outros nomes. O longa se passa no mesmo universo dos games, mas com uma história própria e que expande a mitologia da saga.

O enredo vai narrar a história de Cal Lynch, um homem que está preso e condenado à morte, porém por razões pessoais, e no começo desconhecidas, a empresa Abstergo forja a morte de Cal e o mantém dentro de seu prédio para adquirir as informações que precisam. Cal é descendente de Aguilar, um Assassino do século XV e guardião da Maçã do Éden, um artefato que poderá tirar o livre arbítrio do povo e causar danos nas civilizações caso caia em mãos erradas, ou seja, caso os Templários consigam encontrar o paradeiro deste artefato. 
Sendo Aguilar a última pessoa que teve contato com a Maçã do Éden e o único que sabe onde está escondida, o proprietário da Abstergo decide conectar Cal ao Animus, uma tecnologia que sincronizará as memórias de seu ancestral através do DNA.

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Para deixar mais claro o que eu gostei ou não, decidi dividi-los em prós e contras, tendo assim um melhor entendimento da minha opinião.

PRÓS:
– Referências a franquia de games: Mesmo eu ainda não achando que foi o suficiente, há referências aos jogos e isso me animou. Logo quando somos apresentados ao ancestral do Cal, o Aguilar, temos o Credo reunido e a sua iniciação. Nessa parte vemos algo que era frequente entre os Assassinos e que é apresentado logo no primeiro jogo da franquia através do personagem Altair. Temos também as frases épicas faladas em espanhol e que te fazem arrepiar a cada palavra proferida e ainda os famosos “sincronizado” e “dessincronizado” dos games.

– Mudança do Animus: Enquanto no jogo o Animus é representado por uma espécie de cadeira, no filme temos uma espécia de “computador” que se conecta ao Cal e leva-o até as memórias do seu ancestral. Foi uma ótima mudança, tanto por ser uma forma diferente de apresentar o Animus (e que deu certo) como também sendo uma nova maneira de explorar a realidade virtual.

– Boa representação do passado: O passado foi bem representado, a caracterização está muito bonita, tanto do figurino como também do local. Nas cenas do passado as imagens despertavam a atenção e traziam um envolvimento ainda maior com os espectadores.

– Boas cenas de combate: As cenas de luta são ótimas e bem coreografadas. A parte de ação do filme é bem explorada e bem constante durante o enredo. Tem cenas realmente muito boas e que te farão perder o ar, principalmente nas batalhas e fugas que são em grande altura. Além, é claro, dos saltos da fé que dão o “ar de sua graça” em alguns momentos.

CONTRAS:
– O mal aproveitamento/exploração de personagens secundários: Como a personagem Maria, que luta ao lado do Aguilar, os outros descendentes de Assassinos que vivem na Abstergo e ainda um ou outro personagem secundário não foram quase explorados. Senti falta de uma profundidade maior, e acredito que daria sim para colocar mais detalhes e mais história nesses personagens, não deixar eles tão “vazios”.

– Mal aproveitamento do tempo de cena do passado: Ao contrário do que foi exposto nos trailers e do que acontece nos games, o passado tem pouco tempo em tela e o presente é mais frequente em cena. Poderiam ter balanceado melhor o tempo de cada um e dado o espaço devido e merecido.

– Cenas repetitivas ao intercalarem o passado e presente: Enquanto Cal está conectado ao Animus, muitas vezes as cenas são intercaladas entre o ancestral Aguilar lutando no passado e Cal fazendo os movimentos no presente. Essa jogada de cena é legal e interessante para sabermos como é no Animus, mas não era necessário que houvesse tantas repetições de cenas. Deveriam apenas terem mostrado e depois focado no passado, já que era isso que queríamos ver.

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No geral, é um filme bom e eu gostei. A história foi bem desenvolvida e a caracterização realmente te leva para o passado e te envolve dentro do Credo, fazendo com que você se sinta um dos Assassinos. As atuações estão boas, mas não são surpreendentes ou melhores do que anteriores do elenco. Também há uma referência histórica, assim como podemos conferir durante os jogos, e que acaba tornando o enredo do filme mais satisfatório aos fãs. Porém, fica aquele gosto de “quero mais”, já que foi uma referência breve.

É um filme gostoso de assistir e que, acredito que esse seja um dos objetivos do longa, despertará atenção e curiosidade de novos fãs para a série. O final fica em aberto para uma possível continuação, então fica a dúvida se estenderão mais a história e se veremos novamente Assassin’s Creed nas telonas no futuro. Embora seja um bom filme, para os fãs da saga ele ainda não conseguiu se provar o suficiente.

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