Literatura

#12mesesdePoe: Três Domingos Em Uma Semana + A Cidade do Mar

Reprodução: Google



Três Domingos Em Uma Semana
Minha classificação:  (3/5)



A Cidade do Mar
Minha classificação:  (3/5)


Autor: Edgar Allan Poe

Conto Três Domingos Em Uma Semana
O narrador-personagem e a prima Catarina estão apaixonados um pelo outro, tendo assim planos para se casarem o mais breve possível. Porém, infelizmente, aquele que o cuidou desde a infância, que é o seu tio-avô e pai da moça, não aceita o matrimônio, se recusando a dar parte do seu dinheiro para tal fim, e deixa claro que o casal só poderá se casar quando em uma semana houver três domingos.


Com a chegada de dois familiares de Catarina, os marinheiros Pratt e Smitherton, uma visita ao tio-avô do narrador é combinada, sendo arranjada pelo inteligente casal com a finalidade de mudar a cabeça do velho Sr. Rumgudgeon. Durante esse encontro, todos os personagens do conto se instalam em um único lugar, surgindo assim um debate sobre em qual dia da semana essa visita está ocorrendo.


O conto é curto, tendo apenas quatro páginas na versão que li, e por isso há todo o cuidado para dizer apenas o essencial da história e não entregar detalhes que estragaria a experiência do leitor. Algumas partes e palavras podem parecer difíceis de se entender, porém, a história acaba sendo bastante simples (simples até demais, na minha opinião, para uma história do Poe). Neste conto não teremos o ar de horror e/ou suspense que permeia na maioria das histórias do autor, pois o foco acaba sendo diferente dos demais.


Poema A Cidade do Mar
O eu-lírico disserta sobre uma cidade que serviu como trono para a Morte e, presumo eu, existe à beira mar. No poema somos apresentados aos aspectos físicos da tal cidade e aos seus moradores que buscam auxilio naquele lugar solitário e sombrio.


Assim como os outros poemas do Poe que tive a oportunidade de ler até agora, esse também carrega grande emoção e beleza na escrita poética do autor. Por mais que seja cheio de descrições sobre a cidade e as pessoas que ali habitam, não indo nada além disso, as descrições fazem com que o leitor se sinta mais imerso no poema e mais conectado com o local liderado pela personagem Morte. 

“Lá, os bons, os maus, os piores e os melhores, 

foram todos buscar repouso eterno. 
Seus monumentos, catedrais e torres 
(torres que o tempo rói e não vacilam!) 
em nada se parecem com os humanos.”

Minha opinião
Sobre o conto:
É difícil para mim, uma pessoa que adora tanto os escritos do Poe, dizer que uma história desse autor foi decepcionante. Não vou usar essa palavra para definir a minha leitura de Três Domingos Em Uma Semana, até porque acredito que já tenha lido outros contos que tive uma experiência mais negativa, porém, admito que por mais que a história tenha sido uma boa leitura, não me surpreendi e nem me senti satisfeita ao ler. Posso até arriscar em dizer que estou em uma relação de amor e ódio com esse conto.
Falando no geral e colocando todos os altos e baixos que tive durante a leitura, posso dizer que no final a leitura acabou sendo agradável. Não foi uma história que me surpreendeu, assim como a maioria das escritas pelo Poe, mas, foi uma história simples que deu para conhecer um outro lado do autor, e mesmo que eu não tenha apreciado tanto quanto os outros gêneros explorados por ele, acredito que valeu a pena.
Por se tratar de um conto pequeno e relativamente simples, talvez seja uma boa maneira de conhecer as obras do Edgar Allan Poe, para aqueles que têm curiosidade, mas também tem medo de sua escrita difícil e aterrorizante. O leitor, como eu já disse, não irá encontrar uma história de terror ou vingança, mas, encontrará uma boa e curiosa história escrita pelo Poe.

Sobre o poema:
Posso dizer que não foi o melhor poema que li até agora, mas que também não classificaria negativamente. Mesmo que eu acabe não entendendo por completo (aliás, nem sei se alguém consegue entender poemas em seus 100%) a escrita poética do Poe acaba me fisgando de alguma maneira, seja pela beleza da escrita e dos detalhes ou pela sensação de paz que esses escritos trazem durante a leitura.
Eu gostei do poema e a leitura me trouxe ótimas sensações, mesmo que o eu-lírico narre a moradia da Morte o que poderá parecer um pouco mórbido, mas que não é. A cada poema que leio do Poe acabo por me surpreender ainda mais. Quando penso que o autor não conseguirá escrever algo tão belo como a leitura anterior, no final eu me surpreendo.
Essa experiência de ler os poemas do Poe está sendo incrível e me fazendo adorar a ideia de prestigiar novos poemas. O Edgar Allan Poe sabe perfeitamente mesclar o obscuro com o belo, e isso é o que eu mais gosto em seus poemas. Deixo A Cidade do Mar como indicação para aqueles que ainda não começaram a ler seus poemas, como também para aqueles que adoram esse tipo de texto. Vale a pena se afundar nas descrições dessa cidade.

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