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Thor Ragnarok: o melhor filme do Thor?

Reprodução: Google

“Thor é preso do outro lado do universo, sem o seu martelo poderoso, e encontra-se numa corrida contra o tempo para voltar a Asgard e impedir Ragnarok – a destruição do seu mundo e o fim da civilização Asgardiana -, que se encontra nas mãos de uma nova e poderosa ameaça, a implacável Hela. Mas, primeiro precisa sobreviver a uma luta mortal de gladiadores, que o coloca contra um ex-aliado e companheiro Vingador: Hulk.”
Assista ao trailer

Olá leitores!
Segunda-feira foi dia de ir conferir no cinema Thor: Ragnarok, o qual se mostrou como uma boa surpresa para mim. Eu, particularmente, não gosto dos filmes estrelados pelo Thor, os solos. Para mim, tanto Thor como também Thor: O Mundo Sombrio foram chatos e tediosos, e por causa disso eu estava com um “pé atrás” para o novo filme. Por mais que eu tenha ficado animada com o primeiro trailer, que trazia uma vibe de comédia e um visual extremamente colorido mesclados com uma música maravilhosa, ainda assim estava apreensiva em qual seria o resultado dessa continuação. 

O próprio personagem Thor não está entre os meus preferidos, sempre o achei bobo, não sei se por causa do ator ou porque insistiam em colocá-lo como alívio cômico nas tramas. Nesse terceiro filme solo do personagem, o humor está ainda mais presente, porém, abordado de maneira diferente e característica do diretor, que deixou o Thor ainda mais bobão. Para aqueles que conhecem o trabalho do diretor Taika Waititi, conhecido por O Que Fazemos nas Sombras (2014), já devem saber o que esperar. Talvez esse tenha sido um ponto que fez toda a diferença na minha experiência com o filme: o novo estilo de humor.

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O que eu mais gostei no filme: 

– Os novos personagens: 
Algo que me cativou desde o início foi a entrada de novos personagens, principalmente das (poucas) mulheres. Não há muitas mulheres em foco, assim como nos outros filmes, mas nesse temos como destaque a Valkyrie, que além de carismática (mesmo com a sua feição fechada) é uma lutadora incrível, e a Hela, uma vilã muito querida e que coloca o Thor no chinelo. Senti falta de mais rostos femininos, principalmente de personagens como as delas, que não tem apenas um rosto bonito e que não está ali para ser o par romântico do Thor, mas que sabem lutar e se defender sozinhas. A Valkyrie é incrível! A atriz é maravilhosa e conseguiu deixar o meu coração quentinho já na sua entrada. Não imaginei que fosse gostar tanto assim dela. A Hela, mesmo sendo vilã, também ganha um espaço em nossos corações. Ela é calculista, confiante, sabe o que quer e, melhor ainda, sabe que vai conseguir. Você consegue sentir o poder que emana dela e isso é incrível. Vale ressaltar que a atuação de ambas também contribuiu bastante para o destaque.
Eu também gostei da apresentação de outros personagens. Gostei muito do Korg, um monstro feito de pedra que é grande na aparência, mas um amor quando abre a boca, principalmente por ter um ideal de revolução e mudança, e essa mescla foi um dos pontos humorísticos do filme quando ele aparecia. Gostei do Grão Mestre, que é engraçado e excêntrico. E também foi ótimo rever o Heimdall e o espaço que o personagem ganhou nessa história.

– O humor:
Como eu disse mais acima, o humor do Taika Waititi é inconfundível e muito frequente no novo filme do Thor. Sempre que havia uma piada em duplo sentido ou até mesmo fora dos padrões da Marvel/Disney eu logo pensava que só poderia ter saído da mente do diretor. Um dos pontos que me fez querer ir assistir ao filme foi quando eu soube quem havia dirigido, e ele não me decepcionou. Teve momentos que eu achei as cenas e diálogos completamente estranhos e engraçados, eu ficava me perguntando o que estava acontecendo ali. O humor não era pesado e nem abusivo, sendo para todas as idades e gostos. Admito que fui esperando um filme muito engraçado e que ao assistir não fiquei decepcionada. Eu ri bastante e sai satisfeita da sessão. Acredito que houve uma ótima dose de humor e que caiu bem com os personagens. Porém, o humor pode não causar o mesmo efeito positivo em outras pessoas.

– A falta de romance: 
Não tenho nada contra a Jane Foster, até gosto da personagem, mas admito que o romance dela com o Thor às vezes me cansa. Os dois primeiros filmes focaram no casal e não me agradaram. Não estou dizendo que o romance fez a minha experiência ser negativa, porém, pode ter influenciado uma parte. Por isso, não ter nenhuma relação amorosa ou par romântico para o Thor me deixou feliz. Por mais que ele se insinue para a Valkyrie em algumas partes no começo, não há nenhum indício de algo além de amizade, e isso foi ótimo.

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O que eu não gostei:
– Alguns efeitos especiais:
Admito que em algumas cenas os efeitos especiais não me agradaram, principalmente em uma específica no final onde o foco está no rosto do Thor, o qual não posso dizer mais para não dar nenhum spoiler da cena. Mas, o filme em si está bem bonito e colorido. Eu gostei do novo visual, que se opõe aos anteriores que são escuros e querem passar uma impressão de “sombrio”.

Thor: Ragnarok, para mim, não está entre os melhores filmes da Marvel e nem de super-heróis no geral, mas, me surpreendeu ao ponto de ser o melhor dos três filmes solos. Claro que há algumas ressalvas, pois o filme não é 100% perfeito, mas conseguiram criar um longa que prende o telespectador e o deixa querendo saber mais sobre a história do próprio Thor e sobre o que é o Ragnarok. Eu, por exemplo, sai do cinema com uma vontade incontrolável de saber mais sobre as Valkirias (e já estou fazendo a minha pesquisa).


Se você é fã de quadrinhos e do universo da Marvel deve dar uma chance ao filme, ao menos você se divertirá com a história, podendo levar toda a família para conferir. Mas, não vá ao cinema esperando um filme repleto de lutas e explosões, pois o foco não está em lutas épicas ou batalhas grandiosas. O foco está no humor, lembre-se disso. E também na história de Odin, onde saberemos mais sobre o passado do rei de Asgard.

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