Literatura

Resenha: “Joyland” – Stephen King

“Joyland” – Autor: Stephen King. Editora: Suma de Letras. Ano:2015 – Minha classificação: ★★★★

SOBRE O LIVRO
Devin Jones é um universitário de coração partido.
Seu relacionamento com Wendy Keegan está ficando cada vez mais frio. Ela está priorizando sua vida, sem colocar Devin em seus planos ou em seu futuro, deixando-o totalmente sozinho. 
Devin, ao encontrar um anúncio de trabalho temporário em um parque de diversão chamado Joyland, fica instigado se deve ou não tentar o emprego. Wendy, ao contrário, diz que ele deve ir e aproveitar essa chance, mesmo que para isso, eles tenham que ficar separados durante o verão com curtas visitas de um ao outro. Ele acreditando que mesmo longe, o relacionamento ainda duraria, foi em busca do parque e de sua oportunidade. Infelizmente o namoro entre os dois não durou muito. Na verdade, o sentimento que Wendy tinha em relação a ele já teria acabado fazia algum tempo, e com os dois distantes um do outro, o relacionamento teve o resultado que já era esperado: o fim. Mas graças à Joyland, seu verão não foi tão ruim quanto esperava.
Depois de ter conseguido o emprego de verão no parque, Devin se revesava em ajudar nos brinquedos e em vestir uma fantasia de cão para animar as crianças. Lá, fez ótimas amizades, incluindo seus companheiros de prédio, Erin e Tom. Tom tinha as mesmas tarefas que ele, enquanto Erin era uma Garota Hollywood. 
Em Joyland havia a “Horror House”, um brinquedo onde você sentava em um carrinho, e através dele, no escuro, ia passando por várias torturas e figuras de terror. Rondava uma história que dizia que havia um fantasma dentro da Horror House, mas que apenas os funcionários já tinham o visto. Esse fantasma seria uma garota chamada Linda Gray, que a alguns anos atrás, foi assassinada dentro deste mesmo brinquedo, sendo seu corpo encontrado de madrugada. E o assassino nunca tendo sido capturado.
Ao saber dessa história, a curiosidade de Devin começa a se aflorar, e ele sente a necessidade de ver esse espírito. Ao falhar na tentativa de usar o brinquedo e presenciar o fantasma, ele decide investigar a morte de Linda Gray e ajudar o seu espírito a ser libertado. Além de, quem sabe, conseguir desvendar o misterioso assassino.
Ao decorrer da história, Devin ainda conhece Mike, um menino de cadeira de rodas, que é especial e que irá ajudá-lo. E sua mãe, Annie, que também fará um papel muito importante nessa história.

MINHA OPINIÃO
Me sinto meio suspeita pra comentar sobre uma obra do Stephen King, já que ele é meu autor preferido, e não há uma obra dele que eu tenha lido e não gostado. Mas vamos lá.
“Joyland”, no começo, me deixou um pouco a desejar. Como sempre, eu estava esperando um terror absurdo (um pensamento que sempre tenho antes de ler SK, e que, admito, é ridículo), e este livro não se trata exclusivamente de terror. Você não levará sustos, não sentirá medo e também não ficará paranoica com os acontecimentos. É um livro mais leve, com uma dinâmica diferente do terror psicológico e do horror tradicional que é encontrado na maioria de suas obras, mas isso não quer dizer, em hipótese alguma, que o livro é inferior aos outros ou ruim. Ao contrário, é muito bom!
É uma história que te prende do começo ao fim, e por ser um livro pequeno, de apenas 239 páginas, a leitura se desprende facilmente e acontece bem rápida. Você se identifica com o coração partido de Devin Jones, que aliás, quem nunca se encontrou do mesmo jeito que ele? Você se conecta com os personagens, se sente próximo e cultiva uma carisma por cada um. É algo inexplicável. É impossível você não se encantar com o Mike, e querer cada vez mais sua recuperação e seu bem. Todos os personagens são marcantes.
O único ponto negativo para mim, é que o personagem Devin reclama muito da sua ex-namorada e de seu coração partido. Achei isso meio enjoativo e cansativo. Tudo que eu queria era que ele parasse de falar disso e seguisse logo em frente, principalmente pra história acontecer. Mas isso não interfere em nada.
Não recomendo essa leitura pra quem quer começar a ler Stephen King. Muitas pessoas recomendam, mas na minha opinião, se você quer começar a ler o mestre, leia algum clássico ou algum terror. Pra mim, você tem que começar pelos que realmente dão medo e ver do que o nosso querido mestre é capaz. Mas aí vai de cada um. Se você não gosta de sentir medo, e quer conhecer as obras dele, essa é uma boa dica.

Comentem aí se já leram ou se pretendem ler. Venham compartilhar comigo suas experiências com as leituras do mestre. E até a próxima!

4 thoughts on “Resenha: “Joyland” – Stephen King”

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