A Vida, o Universo e Tudo Mais é o terceiro livro da trilogia de cinco O Mochileiro das Galáxias, escrito por Douglas Adams. Por que trilogia de cinco? Porque originalmente eram para ter sido lançados apenas três livros, nesse caso uma trilogia, porém o autor acabou escrevendo mais dois e transformando a trilogia em uma série de cinco livros, e é por isso que usa-se o trocadilho “trilogia de cinco”.
Preparados para continuar mais uma aventura ao lado de Arthur Dent, nosso humano preferido? Então, segure a sua toalha e não entre em pânico.
“Um POP é alguma coisa que não podemos ver, ou não vemos, ou nosso cérebro não nos deixa ver porque pensamos que é um problema de outra pessoa. É isso que POP quer dizer: Problema de Outra Pessoa. O cérebro simplesmente o apaga, como um ponto cego. Se você olhar diretamente para ele, não verá nada, a menos que saiba exatamente o que é. A única chance é conseguir ver algo olhando de soslaio.”
Há cinco anos Arthur Dent vive sozinho em uma caverna na Terra Pré-Histórica, sem manter contato com ninguém, ultimamente tendo até dificuldade em proferir as palavras. Ele percebe que sua vida irá mudar, novamente, quando Ford Prefect aparece depois de anos. Ford lhe conta sobre suas aventuras, tentativas de voar e suspeitas sobre algo ruim que está prestes a acontecer. Durante a conversa, não muito produtiva para ambos os lados, e devido a perturbações na corrente do espaço-tempo, um sofá aparece ali na Terra Pré-Histórica, e os dois decidem pegar carona nele para sair dali.
Depois de muita luta, Arthur e Ford conseguem chegar até o sofá e são transportados para a Terra, dois dias antes dela ser destruída pelos vogons, no meio de um jogo de críquete. Ali, presenciam o ataque de alguns robôs brancos aos humanos, mas sem saberem o porquê. Um velho chamado Slartibartfast, ajuda-os a escapar daquela chacina e leva-os até sua nave, livrando-os do combate com os robôs. Mas, o que eles não sabem é a real intenção, por trás da ajuda, de Slartibartfast.
Quando todos estão a salvos dentro da nave e há uma distância confiável da Terra, Slartibartfast revela o que estava fazendo no meio daquele jogo de críquete e o motivo que o levou a ter acolhido ambos em sua nave: ele precisará da ajuda de Arthur e Ford para salvar o Universo de um ataque pelo povo de Krikkit. Através da Sala de Ilusões Informacionais o velho mostra o que irá acontecer com a Galáxia, caso os robôs brancos consigam reunir alguns artefatos e liberar o povo do planeta Krikkit. Para impedir estes robôs assassinos, ele irá precisar de algumas mãozinhas a mais. Mas, será que mesmo com a ajuda do humano e do alienígena de Betelgeuse, o trio conseguirá salvar toda a Galáxia?
Douglas Adams, mais uma vez, usa de seu humor ácido para fazer críticas a sociedade e mostrar o que há de pior nos humanos. É através de trocadilhos e associações que o autor irá mostrar um povo, Krikkit, que deseja exterminar todo o Universo para serem os únicos sobreviventes, já que se consideram os únicos puros e merecedores da vida. Daí já dá para tirar uma referência gigantesca há um momento do nosso contexto histórico, não é?
Neste livro também há a volta de alguns personagens ícones dos anteriores, aqueles que também ganharam o nosso coração durante as outras aventuras: Zaphod, Trillian e Marvin. Afinal, como uma história irá te conquistar se não tiver o alienígena Zaphod com o seu ego inflável, a humana Trillian sempre esbaldando confiança e girl power, e o robô depressivo Marvin nos mostrando o quanto a vida é miserável? Há também um personagem novo, que muito provavelmente irá te conquistar assim que dizer o seu objetivo de vida. Wowbagger é uma criatura alienígena que tem como objetivo insultar todos que vivem no Universo, e ainda por ordem alfabética. Como não se identificar com ele e não desejar fazer o mesmo?
Minha opinião
Este livro teve a leitura mais fraca que fiz da série até o momento. Ainda com palavras inventadas e difíceis de serem lidas, minha leitura não fluiu tão bem quanto eu esperava, achando muitas partes desconexas e sem sentido nenhum. Muitas vezes me peguei pensando no porquê do autor escrever partes confusas e indaguei se fui a única que não entendeu certas partes e diálogos. Seria para ser tão confuso assim mesmo ou eu que sou um pouco lerda?
A escrita do Douglas é recheada de humor, e claro, que eu tive ótimas risadas com o enredo e os personagens. O robô Marvin continua sendo o meu preferido e tendo, para mim, os melhores momentos da trama. Por mais que ele tenha aparecido bem pouco, foi nesse pouco que me vi rindo e me divertindo com o livro. Achei o Arthur bem bobo na maioria das vezes e quase sempre falando frases que não faziam sentido nenhum, além, é claro, das vezes que ele praticamente falava sozinho, pois ninguém dava ouvidos para ele. Trillian também apareceu pouco, mas em todas as partes que apareceu demonstrou a sua força e determinação, não se colocando a disposição de Zaphod e nem aturando o ego chato dele (ela também está na lista de personagens preferidos dessa série).
Quanto as críticas, cada vez elas ficam mais evidentes para os leitores, e eu gosto disso nos livros do Douglas Adams, esse jeito de cobrir as “indiretas” com momentos humorísticos nas narrativas. É um ponto muito forte e positivo e uma das coisas que me faz continuar com a leitura da série.
Faltam dois livros para finalizar a série e pretendo lê-los ainda esse ano. Acabei me enrolando durante as leituras e não conseguindo ler um por mês, mas se tudo der certo conseguirei ler os dois últimos em dezembro e ainda trazer resenha para vocês no mesmo mês. É uma série, que por mais que tenha seus altos e baixos, estou adorando conhecê-la, e me sinto ansiosa para ver até onde ela vai e como será o fechamento dessa história.
Um beijo e até a próxima aventura.
Olae
Eu já li os dois primeiros livros, e to com o terceiro aqui pra ler há nem sei quanto tempo. Sua resenha me devolveu um pouco da curiosidadezinha que estava me faltando. 🙂
https://eujovemdemais.blogspot.com.br/
Opa, que bom! Espero que leia logo e goste da história. <3