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Eu joguei: Red Dead Redemption

Olá leitores!
No comecinho de março eu consegui finalizar, com muito pesar, o game Red Dead Redemption. E digo com muito pesar não por ser ruim, longe disso. Mas falo assim por ser uma história que eu não queria me desapegar, não queria concluir, não queria chegar ao final


Estava tão próxima e apegada a John Marston que fui “engolindo” o jogo, deixando algumas missões secundárias para trás, e por isso não percebi que já estava na reta final. Então quando tudo chegou ao fim foi uma grande surpresa para mim, pois eu não queria que acabasse. Só queria continuar cavalgando no meu cavalo amarelo e explorar o velho-oeste, sempre com a pretensão de chegar até a minha família, mas aproveitando cada minuto longe da mesma. Será que ainda resta alguma dúvida do quanto eu gostei desse game?

Reprodução: Google
A nova jornada de John Marston e a apresentação dos personagens secundários:
John Marston é um fora da lei, por assim dizer, ou ao menos era. O ex-bandido é “convocado” por um detetive e um policial para encontrar a sua antiga gangue e matar cada um dos integrantes, os quais eram seus grandes amigos. Para conseguir convencê-lo desse ato, os agentes federais capturam a sua família e ameaçam só libertá-la quando todo o grupo de bandidos estiver morto. 


No começo, para o jogador, essa proposta de enredo pode parecer simples, mas logo em uma das primeiras cenas, quando Marston encontra Bill Williamson, fica claro que não será fácil matar seus antigos companheiros. Porém, acima de qualquer coisa, o protagonista nutre um amor muito grande pela esposa e filho, sendo assim a vontade de revê-los sua maior motivação (e a nossa também!).


Além de uma história emocionante, repleta de ação e com diálogos que nos revelam bastante da vida do protagonista, o game também se atenta a apresentar os personagens secundários de maneira exemplar e carismática: através das próprias missões principais e secundárias. Muito da vida pessoal do sr. Marston é nos revelado através das conversas e dos favores que há em conjunto com as novas pessoas que ele vai conhecendo ao longo do caminho. 


Por exemplo, temos um grande contato com a fazendeira Bonnie MacFarlane, que é nos apresentada logo no início e tem um papel significativo na missão e futuro de Marston; há o Nigel West Dickens, o “trambiqueiro”, que sempre precisa de nossa ajuda; o louco caçador de tesouros Seth Briars, que é bastante estranho e engraçado ao mesmo tempo; o delegado Leigh Johnson, o qual auxiliamos bastante quando precisam de um atirador à mais; o Irlandês, um traficante de armas e um bêbado na maior parte do tempo (ou todo o tempo); entre outros. 


É importante frisar que cada personagem tem o seu jeito de cativar o jogador e sua própria história, que será nos contada um pouco. Alguns são mais loucos do que outros; alguns tem a cara fechada e não são simpáticos; outros são engraçados e nos fazem gargalhar com seus diálogos. Porém, mesmo com a diversidade de características, é quase certo que você será ludibriado e conquistado. Ao menos se sentirá entre boas companhias.

Reprodução: Google

A ambientação do velho-oeste:
Ao estar na pele de John Marston, você realmente se sente como um fora da lei e atirador nato. Por se passar em 1911 e ser ambientado no velho-oeste, temos a oportunidade de agir e se divertir do modo antigo. Por mais que seja muito legal fazer as missões secundárias e ajudar pessoas que estão sendo roubadas, o game também traz a chance de nos divertimos em famosos “jogos de azar” e, às vezes, perder todo o nosso dinheiro, como poker, blackjack, o jogo da ferradura e a roleta com os dedos (aquela brincadeira de acertar a faca no espaço entre os dedos). 


Tive a oportunidade de jogá-lo no PlayStation 3 e posso dizer que o gráfico está ótimo! As cores quentes contribuíram para deixar a atmosfera do game ainda mais real. Enquanto andamos a cavalo e enxergarmos através dos olhos de John Marston, é perceptível o capricho que tiveram com a paisagem e a ambientação das fazendas e cidadezinhas. Em certos momentos por conta do calor absurdo e de vários mosquitos que voam pelo ar, o próprio personagem tira seu chapéu, seca sua testa com a mão e se abana com o acessório. Ou seja, ao mesmo tempo que o personagem está sentindo o calor do ambiente e sentindo-se sufocado com o ar seco, nós jogadores também sentimos isso (principalmente se você já morar em um local onde se predomina o calor).


Em um momento específico da história você encontrará neve e, garanto, será um dos momentos mais “refrescantes” que você sentirá. Mas não se preocupe com o calor, você também pode refrescar-se indo ao bar e bebendo quantas doses desejar. Apenas tenha cuidado para não sair bêbado do local e arrumar briga com quem não deve.


A jogabilidade do game e seu mundo aberto:
Red Dead Redemption não é a primeira produção da Rockstar Games com um mundo aberto. Na série de games intitulada Grand Theft Auto, conhecida também como GTA, já havia o contato com um mapa aberto, onde íamos e vinhamos à vontade, podendo assim ter contato com vários lugares dentro do extenso mapa. Porém o diferencial de Red Dead é exatamente a sua ambientação, pois agora temos a chance de viver como um pistoleiro dentro do velho-oeste e conhecer cada cidadezinha, estabelecimento e fazenda com cuidado e paciência maiores, já que há muito por onde andar e explorar.

A jogabilidade do game também surpreende: a maneira como é o alvo e o jeito prático de se atirar; a domação do cavalo e as cavalgadas; a sutileza do tempo ao passar quando paramos para dormir em algum canto ou montamos um acampamento; a habilidade denominada “dead eye”, que nos permite um curto período de câmera lenta para marcarmos vários alvos ao mesmo tempo; entre outras que deixam a mecânica fácil, sutil e viciante.



Reprodução: Google

Red Dead Redemption me conquistou mais do que eu imaginava ser possível!
Gosto de histórias, mas ainda mais de personagens. Quando inicio um jogo ou um livro preciso, ao longo da jornada, criar uma conexão com o principal e me sentir na pele dele, querer lutar por sua causa e o impulsionar a ir atrás de seus objetivos. Procuro personagens que se ligarão à mim de alguma forma e se tornarão parte da minha própria história e jornada. John Marston foi uma feliz descoberta para mim nesse quesito, já que não esperava ser tão conquistada por um personagem de seu porte


Marston, por mais que tenha tido um passado repleto de roubos e sangue, vai te conquistando aos poucos e mostrando que há muito busca pela redenção. Não redenção perante aos outros, mas dentro de si, e é por isso que o amor que nutre por sua família acaba por nos deixar emocionados e cativados. John Marston acaba por fazer parte da nossa própria família e nos deixar curiosos para encontrá-los novamente.


Além das questões que levantei e quis expor como pontos favoritos do game, também gostaria de deixar como menções honrosas: a trilha sonora, que é impecável e combina perfeitamente com cada cena da história; e a missão secundária I Know You, que consta em indagarmos um certo homem, o qual não nos recordamos, sobre dizer conhecer o Marston, tendo um desfecho e final de arrepiar até os mais fortes.


Não pense que a história se baseia em tiros e longas cavalgados no deserto, longe disso. A história vai além e cava fundo no emocional e íntimo do personagem. Você irá perceber que não quer chegar ao final e parar de acompanhá-lo em sua aventura. O desfecho é emocionante, mas deixa um gosto amargo na garganta e memórias inquientates de saudades.

Sabe quando você fica de ressaca literária e não consegue “pegar” outro livro por um tempo? Eu me senti exatamente assim com esse game. Não consigo imaginar como será daqui para frente sem o John Marston na minha vida. Como vocês se recuperaram ao finalizar esse game? E o que jogaram para preencher essa falta? Também me diz o que você fez no final ao jogar com o filho do John: finalizou as missões secundárias ou procurou outros caminhos mais sangrentos?


Aproveito para deixá-los com o trailer de Red Dead Redemption 2, que, espero, deve ser lançado ainda esse ano. Clica aqui para assistir essa lindeza!

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4 thoughts on “Eu joguei: Red Dead Redemption”

  1. Tenho uma queda foooorte por jogos envolventes como esse kkkk sou capaz de passar semanas jogando, mesmo depois de já ter zerado o game. Foi assim com GOW 3 e Shadow of the colossus. Conheci Red dead redemption vendo uns gameplays, parece bem show mesmo 🙂

  2. Estou chocada com a lindeza desses gráficos. Essas primeiras imagens que você mostrou parecem pinturas *-*
    Tenho me interessado mais, ultimamente, por histórias de velho oeste, então esse jogo pode ser mais uma boa oportunidade de conhecer.

  3. Acho o John tão lindo <3 Conheço muito sobre a história desse jogo só de ver outros jogarem, mas nunca fui atrás, talvez por não curtir muito a Rock Star. Mas com toda a hype que está vindo do RDR2 é bem provável que eu jogue o primeiro.

    Bites!
    Tary Belmont

  4. Que demais! Não tinha ouvido falar desse jogo (ou tinha, mas não sabia sobre o que se tratava hehe), mas eu adoro jogos com esse tipo de história envolvente, que parece um 'filme' interativo. Sua review ficou completíssima e me deixou com vontade de jogar também!

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