Título: Longe de Casa
Autora: Malala Yousafzai
Quantidade de páginas: 222
Editora Seguinte
Gênero: Não-Ficção / Biografia / Memórias
Ano: 2019
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Minha classificação: ★★★★★ (5/5)
*Livro cedido pela editora
Em busca de liberdade para viver, estudar e sonhar.
Malala Yousafzai é conhecida por muitos por conta de sua luta em prol da educação de qualidade e gratuita para as meninas e mulheres no Paquistão, seu país de origem. Desde pequena, ainda criança e com o apoio dos pais, Malala lutou pelo o que acreditava e se mostrou justa ao contar para o mundo sobre a guerra que havia entre o Exército paquistanês e os Talibãs, bem ao lado de sua casa, que obrigou centenas de pessoas à fugirem de seus lares. Por causa de sua coragem em sempre falar a verdade, aos 15 anos ela foi baleada, ficando entre a vida e a morte, mas conseguindo sobreviver e levantando-se ainda mais forte.
Em Longe de Casa teremos um panorama resumido, mas bastante informativo, sobre a vida de Malala, contado através de suas próprias palavras, já que ela é a autora do livro. Mas, como ela mesmo diz, Malala não é o foco dessa vez, mas, sim, outras mulheres que também foram obrigadas a abandonarem seus países de origem para construir do zero uma vida em um lugar desconhecido e estrangeiro.
Com isso temos contato com histórias sobre fugas da violência e de governos opressores em países que não olhamos com o cuidado que merecem, que muitas vezes ignoramos ou não prestamos atenção. Essas mulheres tiveram que enfrentar o medo da morte e do desconhecido, ultrapassando caminhos obscuros da migração e que não haviam garantia nenhuma de uma travessia segura, vivendo momentos em que eram vistas e tratadas sem nenhum ato de humanidade, como se fossem animais selvagens. Para depois, com sorte, chegarem a um país desconhecido e ainda enfrentarem as dificuldades de serem inclusas em uma sociedade preconceituosa, a qual lhe vira o rosto e lhe joga pedras – às vezes literalmente -, tendo a sensação de se sentirem estranhas em um novo país.
São relatos tocantes, intensos e inspiradores sobre o direito impostos para as mulheres; o direito de ser quem você quiser e de construir uma vida em paz em um lugar que poderá ser chamado de lar. A luta em busca por educação e pelo direito de conseguir estudar. A vontade de se sentir em casa, mesmo que para isso tenha que viver em um local totalmente desconhecido e hostil perante à sua cultura.
Uma leitura obrigatória para jovens e adultos.
A cada leitura que faço sobre a Malala sinto que termino com mais conhecimento e ensinamentos enriquecedores, cheia de vontade de colocá-los em prática. Dessa vez não foi diferente, ainda mais por ter tido a chance de conhecer não apenas mais um pouco de Malala, mas também a história de outras meninas e mulheres refugiadas que sofreram – e ainda sofrem – com a saída de seu país de origem.
Todas são refugiadas, o que significa que foram obrigadas a se mudarem para um lugar seguro em busca de proteção, e cada história consegue te tocar de uma maneira profunda e diferente. Malala nos conta que se sente na obrigação de compartilhar conosco esses relatos de fuga e migração, e eu sinto que também se torna nossa obrigação compartilhar esse livro com os demais, pois essas mulheres, assim como outras milhares, merecem ser escutadas e compreendidas.
Foi uma leitura emocionante e inspiradora, mas também revoltante – revoltante por terem que passar por tantas dificuldades e hostilidades para conseguirem paz e liberdade. A força dessas mulheres é enorme e sinto que tenho apenas a aprender com todas elas, isso cada vez mais. Mas não somente eu, como também outras garotas e até mesmo os garotos, sendo assim uma leitura mais do que recomendada para todos os públicos e idades e também sendo uma leitura ideal para se ensinar e incentivar dentro de sala aula. Eu, por exemplo, já estou espalhando a palavra dessas mulheres pelas turmas que passo e faço questão que cada aluno, cada adolescente, tenha contato com essas histórias.
“Nunca deixa de me chocar que as pessoas considerem a paz algo garantido. Sou grata por ela todos os dias. Nem todo mundo tem essa sorte. Milhões de homens, mulheres e crianças testemunham guerras diariamente.”
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