Literatura

Resenha: “Mais Mortais que os Homens” – Graeme Davis

Minhas expectativas para ler Mais Mortais que os Homens estavam lá no alto, afinal quem não ama uma coletânea de terror composta só por escritoras?

Eu consumo bastante terror de autoria feminina, mas fica claro que a maioria são contemporâneos. Então, ter contato com autoras mais clássicas e pioneiras no gênero nutriu uma grande curiosidade em mim, o que graças a esse livro eu pude sanar e – agora – nutrir.


Leia também: O Sacrifício, de Beatriz Andrade

Título: Mais Mortais que os Homens
Obras-primas do terror de grandes escritoras do século XIX
Organizador: Graeme Davis
Quantidade de páginas: 656
Editora Jangada
Gênero: Ficção / Literatura Estrangeira / Terror
Ano: 2021
Skoob: Clique Aqui
Compre: Amazon
Minha classificação: ★★★★ (4,5/5)

Quanto mais mulher no terror, melhor

Mais Mortais que os Homens é um acoplado de histórias que misturam terror sobrenatural com fundos sociais, fantasia e reflexões internas. Composto por 26 contos, as narrativas são escritas apenas por mulheres do século XIX, algumas já sendo bem conhecidas por leitores de terror.

Com isso, as histórias se diversificam entre contos com fantasmas, sementes misteriosas, papel de parede estranho, possessão, portas curiosas e troca de corpos. São temas diversos, mas até mesmo os semelhantes não se tornam repetitivos, pois são histórias bem diferentes e únicas.

É interessante notar que alguns nomes foram apagados com o tempo e que outros nem eram reconhecidos dentro do gênero, fazendo assim com que a seleção seja importante e necessária.


“As mulheres são gentis e cruéis de um modo muito curioso.”

Reprodução: Biblioteca Pessoal

Mais Mortais que os Homens só reafirma que mulher fazendo terror sempre é bom demais

Posso dizer que não me decepcionei com o livro, pois, num geral, eu gostei bastante da leitura. Como eu sempre digo, em um livro de contos sempre há histórias que cativam mais do que as outras, e isso não seria diferente em uma antologia com 26 narrativas distintas.

Mesmo assim, consegui me conectar bastante com algumas e desfrutar de todas as histórias. Às vezes os temas se repetiam, já que há muitas histórias sobre fantasmas, mas dá para sentir a originalidade em cada uma, principalmente porque algumas trazem um teor mais social e outras vão para o lado mais da lição de moral, da mensagem propriamente dita.

Nisso, por ser um livro longo e denso, a leitura foi lenta, mesmo tentando ler um conto por dia, o que nem sempre eu conseguia. Há tamanhos variados e isso ajuda na fluidez e na curiosidade, cada conto trazendo seu desenvolvimento da melhor maneira. Também gostei que há uma sinopse sobre cada autora, o que nos ajuda a conhecê-las ainda melhor e com mais detalhes, tendo autoras conhecidas e outras nem tanto.

Por isso, posso dizer que gostei bastante da leitura, justamente por esse contato novo. Adorei conhecer novas autoras e ver esse viés do terror durante o século XIX. Conhecer as suas lutas, seus protestos e suas vivências também fizeram com que eu me conectasse ainda mais com as narrativas e trouxesse todos os nomes para o meu radar.

Qual foi o último terror de autoria feminina que você leu? 💬


✨ Se você gostou da resenha, compartilhe com alguém que você gostaria de ler esse livro junto.
💬 E deixe um comentário sobre o livro ou a resenha, dizendo o que mais te deixou curioso pela história.


💻 Me acompanhe nas redes sociais:
FanPage | Skoob | Instagram | Pinterest


Faça sua compra na Amazon através do nosso link (clique aqui) e ajude o blog a manter-se ativo. Sem taxas ou inclusão de valores, você estará nos ajudando a continuar trazendo conteúdo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *