A Bia é uma amiga de longa data, muito querida, que me apoiou no mundo literário desde o começo. Eu acompanho o seu conteúdo no Instagram e no Blog há muito tempo, logo fiquei animada para conhecer a sua escrita em O Sacrifício, principalmente por ser de um gênero que eu gosto tanto.

Para os fãs de fantasia, ela já havia lançado A Guardiã do Reino, que ainda não li. Por isso, esse foi meu primeiro contato com suas obras e fiquei feliz por iniciar através de uma história que me encheu tanto os olhos.

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“Matar cada um desses homens é meu dever com as mulheres.”

Ana é uma assassina de primeira. Depois de eventos traumáticos na sua infância, sem ninguém pra lhe defender, ela decidiu pôr um fim aos abusos vividos e isso a moldou para sempre.

Porém, por mais que ela seja uma assassina a sangue frio, ela vê seus atos como um favor para a humanidade, pois tira a vida – e tortura – apenas aqueles que merecem isso, ou seja, aqueles que trazem dor e traumas para as pessoas. Assim como ela se livrou de seu abusador, ela também se livra dos demais.

É claro que, por trás disso tudo, para não ser pega, os corpos são doados para uma seita canibal, a Purificação Divina, a qual está planejando um culto em homenagem à Ana, sua principal provedora. Mas mesmo após todos esses anos de serviço, esse será um passo seguro? Ana realmente é uma deles?

TW: na história terá menções à abusos sexuais, canibalismo e tortura, então caso algum desses temas lhe faça mal não aconselho fazer a leitura.

“Muitas pessoas pensam que matar é difícil, mas para mim não é. Essa é a parte mais fácil do meu trabalho. Sim, trabalho. O difícil mesmo é sumir com o corpo de uma maneira que ele jamais seja descoberto!”

O Sacrifício é um conto curtinho, mas que prende e faz o leitor ansiar por mais páginas

Curtinho, com uma leitura rápida, O Sacrifício não deixa de ser impactante. Com uma escrita sucinta, mas que não poupa detalhes quando precisamos, a autora consegue transformar tudo em algo gráfico e brutal, forte, que é difícil de ser esquecido após a leitura.

Por isso, gostei muito da sua escrita. Há essa mescla de descrições com informações, não deixando a leitura monótona, mas, sim, gradativa, nos enchendo de ação a cada passo e lembrança de Ana. A autora utilizou muito bem a técnica “Mostre, não conte”, pois nos mostrou sua verdadeira essência e objetivo através de cenas visuais e fáceis de se imaginar.

Outro ponto a se destacar foi a forma que o conto traz, por ser bem fechadinho e sem brechas, e isso me agradou demais! Eu tenho um grande problema com contos, pois, na maioria das vezes, eu acho que falta algo na história, fica aquele vazio após a leitura como se não tivessem me contado tudo. Mas dessa vez não. Em O Sacrifício não temos esse problema, e talvez por isso eu tenha gostado tanto dessa leitura.

É estranho a forma pela qual torcemos por Ana e queremos o seu bem, mas, no final das contas, se torna compreensível. O Sacrifício me surpreendeu bastante e de forma muito positiva, fazendo com que eu desejasse por mais páginas e ficasse doida para ler mais obras da Bia. Foi um terror com elementos e descrições do jeitinho que eu gosto, por isso, agora, preciso que todos vocês o leiam e também sintam esse prazer.

Vocês gostam de histórias assim, mais pesadas, que ficam com vocês por dias? 💬

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