Literatura

Resenha: “A Jornada de Steph” – Rosiee Thor

Conheci a Steph na DLC da Chloe, Before the Storm, mas foi um contato bem rápido. A personagem não é aprofundada ali, afinal o foco é na Chloe e na Rachel. Como ainda não joguei True Colors, não sabia muito da Steph, o que fez com que o livro A Jornada de Steph fosse bastante informativo para mim (e o que ajudou a me conectar e me aproximar da personagem).

Não é surpresa para ninguém que Life Is Strange é o meu jogo preferido, por motivos gerais e pessoais também, então aproveito todas as oportunidades que tenho para ter contato com o universo expandido da franquia. Gostei muito do livro e desejo que mais histórias de personagens secundárias sejam exploradas.


“Música ao vivo é o mais próximo de magia que já vi; quando mestro, a magia pode ser destrutiva ou ilusória ou até mesmo curativa, mas, no mundo real, música é tudo.”


Leia também: Eu joguei: Life Is Strange

Título: A Jornada de Steph
Life is Strange
Autora: Rosiee Thor
Quantidade de páginas: 304
Editora Jambô
Gênero: Ficção / LGBT / GLS / Literatura Estrangeira / Romance
Ano: 2024
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Compre: Amazon | Editora Jambô
Minha classificação: ★★★★★ (5/5)
* Livro cedido pela editora

Uma jornada pelas vivências de Steph

Steph Gingrich perdeu a mãe e o lar em que vivia. Agora, precisa ir morar em outra cidade com o pai, o cara que ela só conversa por e-mail. Uma vida nova precisa ser criada, mas isso é extremamente difícil após a catástrofe que presenciou.

Mesmo assim, Steph está tentando se adaptar. Ela trabalha em uma cafeteria nerd e joga RPG com os novos amigos, tendo assim uma rotina habitual e calma, isso até Izzie entrar inesperadamente em sua vida. Steph é apenas uma nerd, enquanto Izzie canta em uma banda punk.

Esse encontro e um show de banda unem Steph e Izzie. A partir daí, a jornada para a fase adulta começará. Há a construção do primeiro relacionamento sério, a fase do experimentar algo novo, o momento para se autoconhecer e se auto encontrar. Contrapondo a isso, também existe o luto, os traumas e a solidão.

Tudo gera dúvidas, as atitudes não são pensadas, mas há um sonho ali: o sonho de pertencer a algum lugar, ou a alguém, ou, ainda, a qualquer coisa.


“Beijar Izzie Margolis não tem a sensação de fogos ou de um raio. É calmo e suave e confortável, como cair em um colchão macio. E tenho mais que uma queda a essa altura – tenho um tombo.”

Reprodução: Biblioteca Pessoal

A Jornada de Steph nos dá mais um gostinho da personagem que já adoramos

Steph é uma jovem adulta que está buscando por sua autodescoberta, afinal, essa nossa fase contém ainda mais dúvidas do que a adolescência. Steph não sabe bem o que quer e isso fica claro no seu novo relacionamento com Izzie, muito por conta das suas atitudes em relação a nova namorada, o que me deixou irritada por incontáveis vezes (eu concordo muito com o Jordie em certos aspectos).

Mas também consigo entender que é tudo novo: um novo amor, uma nova experiência, uma nova chance. Steph quer descobrir o que fazer e como se tornar uma adulta e para isso é aceitável que alguns erros aconteçam pelo caminho (mesmo que algumas atitudes pareçam burras demais para mim que estou com quase 30 anos).

Mas, mesmo com esses momentos de irritação, confesso que adorei essa jornada ao lado de Steph. A leitura fluiu muito bem e às vezes (algumas várias vezes) eu até suspirei pelo romance. Eu torci por Steph e para que ela conseguisse construir um caminho próprio. Torci para que ela procurasse ajuda e soubesse conviver com o seu trauma.

Aliás, o livro é muito sobre isso: autodescoberta, sexualidade e traumas. Principalmente traumas. Sobre não conseguir se expor, não conseguir expurgar os demônios e não conseguir viver em paz consigo mesma. O trauma dela é tão palpável que quase sufoca a gente também. Entramos em um limbo intenso e sem fim, querendo apenas que a nossa querida Steph encontre a paz.

Por isso, acredito que o livro seja perfeito para quem já é fã da franquia Life is Strange, mas que a leitura também funciona muito bem para quem não conhece o universo, principalmente os mais jovens pelo teor dos temas. Há muita representatividade LGBTQIAPN+, sem ser forçado. Tudo é natural, como deveria ser. E os personagens são cativantes, fazendo assim com que sejamos inclusos no grupo, principalmente quando temos os mesmos gostos que eles.

Vocês já conheciam a nossa querida Steph ou a franquia de Life is Strange? 💬


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