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Eu joguei: Life Is Strange

Reprodução: Google
Olá leitores!
Na semana passada eu finalizei um jogo que mexeu bastante com as minhas emoções e que, automaticamente, entrou para os favoritos da minha vida. No começo o game pode parecer ser apenas uma história fofa que mescla amizade com viagem no tempo, porém, por trás da protagonista carismática e dos personagens secundários há muitos assuntos pesados a serem explorados, como suicídio, bullying e assédio.


O jogo é dividido por episódios, contendo cinco ao todo. Life Is Strange é um game onde suas ações resultam no rumo da sua história, então, cuidado com o que você fará. Admito que eu tomei algumas semanas como intervalo entre os episódios, porque cada resultado de nossas ações resulta em um baque gigantesco no final dos episódios, e em alguns momentos eu realmente me senti muito mal, daquele nível de chorar e não conseguir parar. Por isso, um aviso: esse jogo pode ter gatilhos, então, se você já sofreu e/ou não se sente bem ao acompanhar uma história que aborda tais assuntos, não jogue.

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A história
Maxine Caulfield, mais conhecida como Max, após cinco anos morando longe da sua cidade natal volta para Arcadia Bay, onde começa o curso de fotografia em Blackwell Academy. Durante uma aula do professor Mark Jefferson, Max adormece e tem a visão de um tornado destruindo Arcadia Bay dali há alguns dias.
Pensando que foi apenas um sonho, Max segue o seu cotidiano normalmente, e ao terminar a aula decide ir ao banheiro para se recuperar do tal sonho. Depois de fotografar uma borboleta azul no canto do banheiro, Nathan Prescott entra nervoso no local sem perceber a presença de Max. Segundos depois uma garota desconhecida de cabelo azul também entra no banheiro e discute com Nathan. O garoto saca uma arma do bolso e atira na garota, mas, quando Max tenta impedi-lo ela automaticamente volta no tempo e desperta no momento em que estava na sala de aula.
Percebendo que os diálogos e questionamentos são os mesmos que ela presenciou há alguns minutos, Max percebe que voltou no tempo e que através desse poder poderá salvar a garota de cabelo azul e descobrir mais sobre a sua visão do fim de Arcadia Bay, decidindo assim salvar ambos.



Os personagens

Não tem como você não se sentir conectado ou até mesmo não se identificar com algum dos personagens. Eles são sinceros e envolventes, e cada emoção e/ou diálogo que presenciamos durante a história nos toca de forma profunda e semelhante. São bem construídos e fáceis de se apegar.
A Max evolui bastante durante a história, se transformando de menina, até um pouco inocente e boba, em mulher, com uma cabeça consciente, madura e cheia de responsabilidade e peso em seus ombros. Nós jogadores crescemos junto com ela e assim como a personagem também somos afetados a cada decisão que tomamos, sendo muitas vezes inevitável que não haja um arrependimento depois.
A Chloe também é uma personagem tocante e cheia de problemas pessoais que vamos descobrindo aos poucos. Para alguns ela poderá ser vista como problemática ou até mesmo como alguém que quer chamar a atenção, mas, acredito que a Chloe é muito mais do que isso, e vem justamente para completar a Max e criar uma ligação conosco. Admito que entre todos os personagens, a Chloe foi a minha preferida e a que me identifiquei. Ela protagonizou as cenas que mais me fizeram chorar e me deixaram com um peso na consciência.
Quanto aos outros personagens citarei o Warren, amigo da Max, que é divertido e carismático; a Kate, que é meiga, porém, distante, dando vontade de abraça-la e nunca largar; a Victoria e o Nathan, os populares da faculdade (e possíveis personagens odiados por você); a Joyce e o David, respectivamente a mãe e o padrasto da Chloe; Frank, o traficante da cidade; tendo entre outros alguns profissionais que trabalham na Blackwell Academy.

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Uma notícia boa para os fãs é que a continuação de Life Is Strange foi confirmada há algumas semanas! E na E3 de domingo saiu até trailer, clica aqui para assistir e gritar de felicidade comigo. 

Sabe quando você lê um livro tão bom que não consegue se imaginar lendo um tão bom quanto, e então acaba ficando com aquela maldita ressaca literária? Isso aconteceu comigo ao terminar Life is Strange, mas acredito que de uma forma boa. Eu me apeguei muito aos personagens e sofri junto com cada um deles, até os mais improváveis. A história me tocou, e mesmo eu tendo me sentido mal em certos momentos foi uma história que eu precisava naquele momento e que só agregou pensamentos reflexivos na minha cabeça. É tão difícil tratar de assuntos como bullying, abuso (tanto físico como mental) e suicídio, porém, Life is Strange traz tudo isso de forma direta e reflexiva, sendo praticamente um tapa na nossa cara e passando aquela famosa mensagem que muitas vezes não damos importância: “ei, você não é o único com problemas, por que não olha para o amiguinho do lado e ajuda-o ao invés de só reprimi-lo mais?”

Esse game automaticamente entrou para os meus preferidos e me trouxe muita coisa para pensar e mudar na minha vida. Como é um jogo com final alternativo e com cenas diferentes dependendo das suas decisões, acaba sendo uma história “fácil” de embarcar novamente e de sempre conhecer algo novo. Pretendo “repetir a dose” mais vezes, mas, antes preciso me recuperar desse baque da primeira vez. É um jogo que eu recomendo de olhos fechados e que todo mundo deveria jogar pelo menos uma vez na vida. Claro que eu não recomendo para quem poderá sentir-se mal e/ou que possa servir como gatilho, como citei logo no começo do post, porém, para os demais eu deixo aqui a minha recomendação e peço para você ir agora mesmo jogá-lo. Porque todas nós temos um pouco da Max e da Chloe dentro de nós, e precisamos saber como balanceá-las da maneira correta.

Mas, fica aqui um questionamento: se você, assim como a Max, pudesse ter o poder de voltar no tempo o quanto você mudaria as suas ações depois de ver os resultados?
Agora me contem: vocês já jogaram Life is Strange? Se acabaram de chorar assim como eu? Ou têm vontade de jogar? Preciso muito falar sobre as minhas escolhas com alguém, principalmente sobre o meu final, que me deixou em pedaços. Então, vamos bater um papo nos comentários? Um beijo e até a próxima.

10 thoughts on “Eu joguei: Life Is Strange”

  1. Oiiiiiiiiii gatona! Não conhecia seu blog ainda! Adoro blogs geeks!
    Eu to doida pra jogar Life is Strange, sempre ouvi ótimas criticas sobre o jogo! Acho que tem o primeiro ep free na Steam, vou baixar assim que sair de ferias!

    Adorei seu blog, só não gostei de um detalhezinho, tive que clicar um monte de vez pra conseguir deixar esse recado porque os pop-ups de banner ficavam aparecendo na tela, muita gente desiste de comentar diante disso, então cuidado!

    Fora isso seu blog é um amor!

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    1. Oi, seja bem vinda!
      Assim que tiver a oportunidade, jogue sim Life is Strange! É um jogo que merece ser apreciado e reconhecido, espero que se sinta bastante conectada a ele.
      Obrigada pela dica! Eu não tinha conhecimento desses pop-ups, acredito que seja por causa do Egrana, darei uma olhada.
      Espero que goste muito dos próximos posts. ♥

  2. Ual, que resenha, meus amigos! Senti como se acompanhasse sob o seu olhar a história do jogo e amei que destacou seus sentimentos ao jogá-lo.

    Já ouvi falar de Life is Strange, mas ainda não tive a oportunidade de jogá-lo. Acredito que ele seja mais história do que jogo e isso me chama a atenção, gosto de quando histórias se cruzam com a jogabilidade do game. Entrou para a playlist!

    E amei seu cantinho, ele é realmente incrível. Super beijo.

    1. Oi, Eva! Obrigada pelos elogios! ♥
      Se você gosta desse estilo de game, acredito que Life is Strange vai te conquistar logo no primeiro episódio. Os personagens são cativantes e a história é linda! Vale a pena furar a lista de jogos e colocá-lo no topo, hahahaha. Depois que jogar, vem me dizer o que achou! Vou adorar dividir experiências e opiniões com você.

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