Literatura

Resenha: “A Fortaleza: Colonização” – Day Fernandes

Essa resenha contém spoilers do desfecho do primeiro livro da duologia, A Fortaleza: Mundo Sombrio. Esteja ciente disso ao continuar lendo o post.

Se você não leu A Fortaleza: Mundo Sombrio, mas tem curiosidade sobre o livro, indico que leia a minha resenha e se sinta instigado pelo suspense criado por Day Fernandes, uma das minhas autoras nacionais contemporâneas preferidas.

Título: A Fortaleza: Colonização
A Fortaleza #2
Autora: Day Fernandes
Quantidade de páginas:
 324
Publicação Independente
Gênero:
 Ficção / Ficção-Científica / Distopia / Aventura
Ano: 2019
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Minha classificação: ★★★★★ (5/5)

Um novo planeta, um novo inimigo

Camille e a resistência conseguiram finalmente chegar ao planeta Tellus, a nova moradia do grupo. Porém o pouso não foi nada tranquilo, resultando em naves caindo bruscamente do céu, distanciamento entre o grupo e sobreviventes desaparecidos.

É através dessa chegada catastrófica que Camille se separa dos demais companheiros e conhece os irmãos Alana e Mikail, dois desconhecidos que clamam pela ajuda da Capitã e que veem no rapto dela a única alternativa de convencê-la disso. É claro que o sequestro não será como os irmãos planejaram, tornando-os assim pessoas difíceis de se confiar.

Do outro lado de Tellus encontramos dois grupos de sobreviventes: no primeiro está Adam, Eleonor e Sara, enquanto no segundo está Will, Cyrus e Hans. Para se reencontrarem os sete amigos terão que ultrapassar um caminho árduo e cheio de armadilhas e caçadores, pois Tellus não está completamente desabitada como imaginavam, mas, sim, está ocupada por outros humanos e sendo comandada pelos Colonizadores, os novos inimigos da Resistência.

O segundo livro da duologia A Fortaleza é composto por um ritmo rápido, recheado de cenas de ação e com surpresas de tirar o fôlego. Há muitas mentiras e segredos que deverão ser revelados, como também há muita podridão humana, pois a manipulação pelo sistema e até mesmo pelos chefes do planeta ganha uma escala enorme e incontrolável. Chega a ser difícil saber se o próximo passo dos nossos protagonistas é realmente algo pensado por eles ou se eles estão fazendo apenas parte de mais um ato programado pelo o outro lado.

Quando isso acontece o que se pode fazer para sobreviver? Como dar um passo à frente sem que o seu inimigo o preveja? A luta pela sobrevivência se encontra com ainda mais força e necessidade nessa continuação, sendo primordial que cada um cuide de si e do próximo.


“O corpo se vai, mas a morte não é páreo para o espírito de um guerreiro – disse ele. – Não enquanto ele for lembrado por aqueles que o amavam.”

“Para as garotas, por lutarem longas batalhas todos os dias…”

Distopia nacional com muito girl power!

Terminei esse livro no início do mês, mas ainda estou sem palavras para tamanha perfeição e preciosidade. Tanto a escrita da Day como os próprios personagens tiveram uma grande evolução nesse segundo livro, o que fez com que eu ficasse ainda mais imersa e cheia de expectativa com a leitura.

A forma como a autora criou esse novo planeta e como revelou todos os segredos por trás da destruição do mundo foram momentos impactantes e chocantes. Não sei como ela conseguiu mesclar os dois livros de forma tão perfeita! Todas as informações que nos são dadas me deixaram cada vez mais surpresa com o tamanho da maldade humana, mas, ao mesmo tempo, também com a vontade de sobreviver. E acredito que essa é a palavra ideal que define o livro: sobrevivência.

Eu só queria ter tido mais tempo ao lado de Camille e dos demais personagens, por isso espero que no futuro eu consiga essa chance de voltar para esse universo que tanto me cativou. Os personagens, inclusive os novos desse segundo livro, são carismáticos, conquistando assim instantaneamente os leitores e fazendo que com que nós nos apeguemos muito rápido – e intensamente – a eles.

Outro ponto que não posso deixar de comentar é o girl power que envolve toda a atmosfera da história. Sempre procuro por livros (e também outras mídias) que tragam representatividade e empoderamento feminino, pois é algo que precisamos mais do que nunca nos dias atuais, então ter esse contato em um livro nacional me deixou com o coração quentinho, ainda mais com o novo casal que foi nos apresentado.

É claro que ao mesmo tempo que tive o meu coração bem aquecido eu também o tive destruído, tanto com o final que me devastou por inteira como também por momentos no meio do enredo que eu não esperava. E é por isso que para mim esse livro se mostrou ainda mais incrível do que o primeiro, fechando a duologia com chave de ouro – e muitos lágrimas minhas –.

O livro é ótimo, cheio de reviravoltas e com personagens novos incríveis! Não costumo gostar de distopias, mas essa me fisgou de uma maneira inexplicável, isso desde o primeiro volume. Eu só tenho elogios para discorrer sobre essa história que se tornou um dos melhores livros que li esse ano.


“(…) Esse é o seu problema. Não há pessoas inocentes. Nunca houve e nunca haverá. Somos todos pecadores, meu amigo. Até mesmo a sua preciosa Camille.”


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