Literatura

Resenha: “Os Garotos Dinamarqueses que Desafiaram Hitler” – Phillip Hoose

Eu sou uma pessoa fascinada por história, tanto é que quase me formei nesse curso na faculdade. Eu adoro saber mais sobre as pessoas que inspiraram e mudaram o nosso mundo; eu adoro conhecer revolucionários e pesquisadores que dedicaram suas vidas a um propósito maior; e adoro ainda mais saber sobre guerras, períodos históricos e pessoas ilustres.

É por isso que gosto tanto de ter contato com novas histórias de pessoas que viveram durante as guerras e que têm algo de importante para nos contar, principalmente se for durante a Segunda Guerra Mundial, um dos meus períodos preferidos de estudos. Logo não poderia deixar de ler Os Garotos Dinamarqueses que Desafiaram Hitler, uma obra que prometia me arrematar e me arrasar nas mesmas proporções.

Título: Os Garotos Dinamarqueses que Desafiaram Hitler
Autor: Phillip Hoose
Quantidade de páginas: 224
Editora Vestígio
Gênero:
 Não-Ficção / Biografia, Autobiografia, Memórias / História
Ano: 2019
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Minha classificação: ★★★★★ (5/5)
* Livro cedido pela editora

A 1° revolução na Dinamarca contra a ocupação nazista

Durante o ano de 1940, com a Segunda Guerra Mundial já dominando diversos países, o rei da Dinamarca findou um acordo com Hitler que colocou o país nas mãos dos alemãs nazistas, deixando assim que o exercito alemão ocupasse a Dinamarca. É claro que nenhum cidadão se opôs a tal decisão, talvez por medo ou até mesmo por simpatizar com o lado nazista da guerra. Mas, contrapondo-se a isso, um grupo composto por adolescentes decidiu lutar pela libertação da passiva Dinamarca.

Foi assim que Knud Pedersen, junto com seu irmão mais velho Jens, fundou o Clube Churchill, um grupo composto por garotos jovens que tinham como objetivo sabotar as tropas alemãs que haviam se apossado da Dinamarca. O Clube Churchill inspirava-se nas forças britânicas, na resistência da Noruega perante à invasão alemã e na vontade de se impor contra uma guerra cheia de sofrimentos e perdas.

Sendo assim, o Clube Churchill foi o primeiro passo de imposição contra a ocupação nazista. Enquanto todos os adultos ficavam parados e deixavam ser conduzidos pela força alemã, o grupo sentiu a necessidade de tomar decisões revolucionárias que, futuramente, inspirariam o seu país.

O livro Os Garotos Dinamarqueses que Desafiaram Hitler é uma excelente demonstração de resiliência e coragem, demonstrando como os jovens podem mudar o mundo e inspirar todos ao seu redor. O autor Phillip Hoose entrevistou pessoalmente Knud Pedersen, um dos criadores do Clube Churchill, e expôs com detalhes na obra como cada acontecimento e decisão foram decisivos para o futuro de cada membro e também para o futuro da Dinamarca.


“Independente da idade, os meninos do Clube Churchill eram uma resistência dinamarquesa organizada, a primeira evidência em carne e osso de que os dinamarqueses podiam enfrentar a ocupação alemã.”

O livro está repleto de fotos dos integrantes do Clube Churchill e de momentos importantes para a sua revolução. Na foto acima temos o autor Phillip Hoose, à esquerda, e Knud Pedersen, um dos criadores do Clube, à direita.

Uma leitura enriquecedora e cheia de aprendizados

Adoro livros que retratam a Segunda Guerra Mundial, ainda mais esses que são totalmente não-ficção, pois acredito que são esses que fazem total diferença e que nos trazem, com ainda mais veracidade, o que não sabemos. Confesso que não conhecia a história do Clube Churchill, mas achei fantástica!

É incrível como garotos menores de idade conseguiram iniciar uma revolução na Dinamarca e acordar a população para o que estava realmente acontecendo. Chega a ser inspirador em como esses jovens mudaram o rumo do seu país e como não pararam de lutar pelo o que acreditavam, independente das consequências. Eles sabiam que o que faziam era arriscado demais e que se fossem pegos a punição poderia chegar à morte, mas, mesmo assim, isso não os impediu de lutar e desejar pela liberdade.

Livros assim só aumentam a minha vontade de descobrir cada vez mais histórias desse tipo, sobre revolução, autonomia e liberdade. Mesmo que seja muito triste saber que isso é resultado de uma procura por menos sofrimento e ódio, ainda acredito que leituras assim servem como aprendizados para que não haja repetição desses mesmos erros.

O livro, mesmo com um tema intenso, traz certa leveza em sua narração, fazendo assim com que a leitura seja fluida e rápida, ainda mais por ser recheado de imagens que ilustram bem cada parte da revolução do Clube. A ansiedade por querer saber o que acontecerá com o Clube Churchill e se serão pegos ou não também é um grande motivo para a fluidez.

Por isso acredito que a leitura torna-se obrigatória para todos que gostam de livros não-ficção e que também apreciam aprender mais sobre as histórias do nosso mundo. É ótimo para termos contato com uma nova visão da Segunda Guerra Mundial e conhecermos mais uma história inspiradora.


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6 thoughts on “Resenha: “Os Garotos Dinamarqueses que Desafiaram Hitler” – Phillip Hoose”

  1. Oi Thainá,
    Eu não sou grande fã de não-ficções, principalmente quando ela retratam guerras e desastres, mas fico completamente encantado com quem gosta, porque queria muito gostar desse tipo de leitura, mas, eu acho ela tão sofrida que eu nunca consigo dar continuidade a ela. Os garotos que são retratados nesse livro sem dúvidas são heróis, iniciar um movimento desses para acordar a população é impressionante.

    Beijos!
    Eita Já Li

    1. Eu entendo e isso não é um problema. Realmente essas leituras são muito fortes e sofridas, então, em nenhum momento, recomendo-as para quem se sente incomodado. Mas, ao mesmo tempo, acho importante lermos esse tipo de livro para que tenhamos consciência de todo o sofrimento causada para a população e, assim, sabermos que isso não pode se repetir nunca. Além, é claro, desses garotos servirem como inspiração.

  2. Oi Thainá.

    Eu também gosto de saber mais sobre as pessoas que inspiraram a história e pelo livro que você resenhou eu fiquei com vontade de lê-lo. Parece que a leitura é extremamente marcante. Vou adicionar na lista de desejados. Obrigada pela dica e parabéns pela resenha. Adorei ela.

    Bjos

    1. Obrigada, Kênia!
      Espero que goste da leitura e que tire ótimas lições e inspirações, assim como aconteceu comigo. Depois vem dividir sua opinião comigo, irei adorar saber sobre suas considerações.

    1. Oi, Lucy. Geralmente em obras sobre a Segunda Guerra Mundial temos mais contato com os judeus e a própria Alemanha, né? É bem difícil – e raro – encontrarmos histórias de outros países, mas acho importante que isso aconteça, já que o sofrimento também acarretou outras pessoas.

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