⚠ Esse post não contém spoilers. Leia-o tranquilamente e sem medo. ⚠
Em 1989, 43 crianças nasceram ao mesmo tempo em locais e famílias distintas. Isso poderia ser algo comum, se não fosse pelo detalhe de que nenhuma dessas mulheres estava grávida até o momento do parto, tendo um mistério por trás desses nascimentos repentinos. Porém, um bilionário chamado Sir Reginald Hargreeves adotou sete dessas crianças que, inclusive, têm poderes especiais, criando assim a Umbrella Academy, um grupo treinado e especializado para salvar o mundo. Mas será que eles conseguirão impedir que o apocalipse destrua a Terra? E afinal, quem irá desencadear o apocalipse?
Uma loucura, não é? Mas é assim que se inicia The Umbrella Academy, uma série original da Netflix. A sua 2° temporada já está entre nós, e por isso decidi compartilhar com vocês o quanto estou gostando da série, principalmente para apresentá-la àqueles que ainda não deram uma oportunidade para história. Com isso, abaixo cito cinco motivos para vocês se sentirem convidados (e instigados) a se tornarem parte dessa louca família.
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5 motivos para assistir The Umbrella Academy
1. Treta em família
Eu não sei vocês, mas eu, particularmente, adoro uma história que envolve intrigas, segredos e brigas entre família, no melhor estilo novela mexicana e situações de amor e ódio. Por isso um dos pontos que mais gosto na série é essa complicação familiar, pois eles, mesmo com essa áurea de super-heróis, não são perfeitos e erram (e muito!).
Logo no início da 1° temporada você já sente esse clima pesado entre os irmãos e sabe que algo aconteceu para que resultasse nessa convivência conturbada e incômoda. Depois de anos separados, cada um no seu canto, eles são obrigados a se reencontrar no enterro do pai e essa situação despertará os rancores e as lembranças ruins, resultando em farpas e indiretas sendo atiradas por todos os lados.
Contrapondo a isso, também é interessante ver que, mesmo com as diferenças e os rancores, eles se amam, apesar de terem uma forma totalmente estranha de demonstrarem. O amor ali está nos detalhes de suas ações, mas, como toda família, eles também brigam, ficam com raiva e guardam rancores.
2. É baseada em uma série de HQs
Ou seja, mesmo que você termine as duas temporadas de forma rápida, você ainda terá, por fora, mais conteúdo para consumir. Até agora foram publicados três volumes que, infelizmente, tem um preço mais salgado, principalmente o primeiro que é mais difícil de encontrar. Porém, se você gostou da adaptação, acredito que valha a pena dar uma chance para a história original, criada por Gerard Way e Gabriel Bá.
Eu ainda não li as HQs, mas quero muito tê-las na estante e conferi-las de uma vez só. Já conheço o trabalho do Gabriel Bá através da HQ Daytripper, que inclusive amei, e sou grande fã do Gerard Way, por conta do My Chemical Romance, então, acho, não tenho como me decepcionar.
3. Girl Power e Diversidade
Como vocês sabem, eu sempre estou à procura de filmes, séries, livros ou games que tragam personagens femininas bem construídas, inteligentes e firmes. Mesmo que o cinema de super-heróis venha implantando mais personagens femininas, ainda continuamos tendo um número relativamente pequeno de representatividade, e digo isso focando apenas em personagens mulheres, mas imagine se aqui eu incluísse personagens negros, asiáticos, latinos ou LGBTQI+. A representatividade ainda peca muito quando o assunto é HQs e super-heróis, então The Umbrella Academy acaba sendo um grande respiro e acalento ao coração quando tratamos desse assunto.
Há personagens que encaixam-se na sigla LGBTQI+ e também há personagens que fogem do padrão branco americano. A diversidade, à princípio, pode parecer pequena, mas acredito que já é bem maior do que podemos reparar em outras séries com temas parecidos. E quanto ao girl power, posso afirmar que as personagens femininas são fortes, poderosas e completamente independentes, defendendo-se sozinhas e sabendo o que é melhor para si.
Na 2° temporada é abordado com ainda mais intensidade a questão da homofobia e do racismo, pontos fortes dessa temporada para mim e que fizeram com que eu gostasse e admirasse ainda mais a série.
4. Trilha sonora
Se você é como eu, que adora uma boa trilha sonora, irá ficar viciado nas músicas de The Umbrella Academy, inclusive irá também procurá-las acopladas em uma playlist depois. A série faz algo que eu gosto muito que é colocar músicas agitadas em momentos de luta, me deixando assim ainda mais imersa na história e no que está acontecendo. Aquela música em que todos eles dançam na mansão é uma das que não saem mais da minha cabeça.
5. Personagens carismáticos
Eu gosto muito e de maneiras diferentes de cada um dos personagens principais. Comigo, eles funcionaram de forma independente, mas todos, querendo ou não, acabaram ganhando um espaço no meu coração.
O meu preferido é o Klaus, que tem uma personalidade excêntrica e divertida, mas que me fez ter os olhos marejados em várias partes; o Number Five também é um dos que mais gosto, principalmente por ele sempre estar zangado ou fazendo caretas enfurecidas; a Allison é carismática e protetora; o Luther já é extremamente bobo, principalmente por isso contrastar com seu físico enorme, mas que se mostra tão protetor quanto a Allison; o Diego consegue ser muito irritante em vários momentos, mas confesso que aprendi a gostar dele e de sua personalidade nada agradável; enquanto isso a Vanya se mostra alguém que precisa crescer internamente e guiar seus próprios caminhos, ao passo que o Ben, mesmo morto, também ganhe destaque ao salvar o Klaus em vários momentos.
Todos eles são diferentes entre si, todos eles erram e têm uma vida bagunçada, mas me acostumei a suas companhias, ficando assim com saudades após terminar uma maratona com as duas temporadas. Os atores e atrizes são igualmente simpáticos, o que deixa tudo ainda mais verdadeiro e envolvente. Sem falar que até os personagens secundários são carismáticos e conseguem nos envolver em suas tramas, nos fazendo amá-los ou odiá-los.
Junte-se a família!
The Umbrella Academy é uma das minhas séries preferidas originais da Netflix. Tendo seus altos e baixos, ela me surpreendeu na primeira vez em que a assisti, mas não perdeu o brilho quando a maratonei novamente. Na verdade, com a 2° temporada a série conseguiu me conquistar ainda mais, principalmente por trazer assuntos importantes e uma ambientação maravilhosa da década de 60.
A história tem um teor estranho em certas partes e em certas situações, mas que fazem parte desse tema de super-heróis em que são incluídas. Sendo assim, o humor pode parecer peculiar em alguns aspectos, mas traz muita graça para o atual momento em que precisamos sorrir e esfriar a cabeça. Além disso, também é super rápida de se assistir, o que dá para maratonar em um final de semana, se quiser.
O único ponto, que me lembro agora, que me incomodou um pouco na série foi o vilão da 1° temporada, o qual não senti firmeza e nem consegui levar muito a sério. Mas, mesmo assim, estou muito ansiosa para uma 3° temporada e espero que a Netflix confirme isso logo!
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