Literatura

Resenha: “Aurora Estelar” – D. R. Laucsen

Ficção Científica e Fantasia são dois gêneros que não tenho o costume de ler, mas que, sendo em obras nacionais, eu me permito dar uma chance. Isso porque apoiar a Literatura Nacional, para mim, é de suma importância e por isso sempre estou à procura de novos autores e autoras para conhecer.

O D. R. Laucsen foi uma dessas gratas surpresas da vida. Recebi o convite da Editora Coverge para ler o seu livro, Aurora Estelar, e, de quebra, ainda ganhei alguns contos para leituras posteriores. Com isso, tive a oportunidade de conhecer uma história fantástica maravilhosa, com uma protagonista que me conquistou do início ao fim, e, ainda, de bater um papo ao vivo com o autor no Instagram (se você não me segue por lá, infelizmente perdeu, mas calma, está salvo no IGTV e dá para assistir).

O livro físico está em suas últimas horas de financiamento coletivo, então caso você esteja lendo essa resenha hoje, em 11 de dezembro de 2020, e queira garantir o seu exemplar (o mesmo das fotos abaixo), apoie agora mesmo.

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Reprodução: Biblioteca Pessoal

“Filho, assim é a vida. Parece que somos livres, mas somos obrigados a seguir as regras. Somos eternos robôs, controlados por quem tem poder.”

Título: Aurora Estelar
Autor: D. R. Laucsen
Quantidade de páginas: 336
Editora Coverge
Gênero:
 Ficção / Fantasia / Ficção Científica
Ano: 2020
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Compre: Amazon | Apoie no Catarse
Minha classificação: ★★★★ (4/5)
* Livro cedido pela editora

Uma nave e a oportunidade de mudar totalmente a sua vida

Após uma segunda tragédia ocorrer em sua vida pessoal, Shakir Ardu’hal não tem alternativa a não ser comandar a nave de seu noivo Relir, a Victory S.A. Sendo apenas uma jovem que trabalhava como contadora, Shakir não tem experiência e muito menos conhecimento de como ser uma Capitã, algo que deverá ser mudado urgentemente.

Logo que descobre ser a nova Capitã da Victory S.A., Shakir é imediatamente designada a uma missão: ir até Kaliack para conversar com o presidente do local. Porém a sua primeira missão poderá se tornar muito bem um passo extremamente importante para a salvação da humanidade.

Shakir é uma mulher que se encontra entre os seus vinte anos de idade e que nem de longe sonhou um dia em assumir tal posto e autoridade. Agora, no entanto, ela se vê frente a uma missão aparentemente pacífica em um planeta desconhecido e ainda tendo que enfrentar os olhadores maldosos e de desrespeito de alguns soldados homens de sua tripulação.

Nessa space opera nacional, o autor D. R. Laucsen conseguiu transportar o leitor para um mundo repleto de planetas habitados e discussão política. Ainda, é claro, tratando de maneira superficial alguns temas importantes, como o racismo, a escravidão e a homofobia, porém dando destaque na trama para o machismo sofrido por Shakir e outra tenente mulher.

Independente de ter sido escrito por um homem, a obra traz personagens femininas fortes, cativantes e diferentes entre si, com construções gradativas e criadas com cuidado e atenção. Shakir, por exemplo, é uma garota que, aparentemente, sofre com síndrome do pânico, sendo extremamente difícil para ela falar em público ou estar rodeada por pessoas, o que é um grande empecilho para uma pessoa que precisará comandar uma tropa inteira. E, claro, sendo a protagonista da história, ela tem um desenvolvimento incrível ao decorrer das páginas, mostrando ao final sua evolução pessoal e me deixando muito orgulhosa disso.


“Shakir não queria ser apenas um grão de areia. Ela queria ser como o mar. Fazer suas ondas moldarem a orla, sua maré alterar o clima. E, quando precisasse, como a fúria de um tsunami, invadir e destruir. Poderia estar perdida, mas nunca era tarde demais para se reencontrar.”

A edição está caprichada, bonita e muito cuidadosa. Com uma jacket em uma arte maravilhosa, a parte de dentro, como detalhes da diagramação e folha de rosto, não ficam para trás em beleza. Infelizmente a letra é um pouco pequena, o que pode dificultar a velocidade da leitura, mas isso em nada negativa o resto do exemplar físico.

Uma space opera nacional com um mundo extenso e belo para se explorar

Aurora Estelar me surpreendeu positivamente. Não sou uma leitura de sci-fi, muito por ter dificuldade com os termos científicos e as centenas de descrições confusas para mim, mas aceitei dar uma chance para essa história e não me arrependi. Isso muito por encontrar na obra uma linguagem de fácil acesso e uma escrita descritiva e explicativa que em nenhum momento se mostrou cansativa ou difícil de entender.

Eu me habituei rápido ao mundo criado pelo autor e me vi imersiva naquela aventura. Por mais que minha leitura tenha sido lenta, isso devido a uma pequena ressaca literária que estou lidando, em nenhum momento eu perdi a conexão com Shakir e o desejo de lhe acompanhar. Mesmo quando eu passava algum dia sem ler, Shakir não saia de minha mente. Eu me preocupei com ela, como se fosse uma amiga.

O desfecho chegou de forma impactante e frenética, fazendo com que eu devorasse as últimas cem páginas sem parar. Por isso, ao meu ver, Aurora Estelar é uma ótima e certeira dica para quem quer começar a ler ficção científica, pois é bem provável que você adore e já se vicie no gênero, assim como aconteceu comigo.


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6 thoughts on “Resenha: “Aurora Estelar” – D. R. Laucsen”

  1. Olá, tudo bem? Me aparenta que é uma história que tem no sci-fi (ou to viajando legal?) o que o torna interessante. Essa ambientação no espaço sideral sempre me chamou atenção, e ver um livro que traz esse contexto me anima. Não conhecia, devo admitir, porém por tudo que disse e pela premissa quero dar uma oportunidade. Amei! Aliás, gosto também do fato de temos assuntos bem relevantes.
    Beijos

  2. Oie! Tudo bem?

    Nossa, eu AMO fantasia! Confesso que não conheço muitos títulos nacionais do gênero em questão, por isso adorei conhecer essa obra através da sua resenha.

    Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o fato do autor trazer personagens femininas fortes. Isso, para mim, já um atrativo enorme!

    Obrigada pela resenha.

  3. Olá, Ao contrário de você eu gosto de scifi! Acho divertido, e na maioria dos livros consigo imaginar tudo de boa. Tinha visto no catarse e agora fiquei com mais vontade ainda!

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