Literatura

Resenha: “Jogador número 3” – Koda G.

Jogador número 3 é a primeira história que favoritei em 2021. Não costumo me envolver tanto assim com contos, geralmente acho rasos ou sinto que fica faltando algo, mas dessa vez tive uma experiência totalmente diferente, restando ao final dessa leitura apenas saudades dos personagens e desejo de compartilhar mais momentos com esse trio.

E olha, eu não esperava amar tanto assim esse conto. Na verdade, eu apenas o peguei para ler por conta do título – que me chamou bastante atenção – e porque eu precisava de algo mais rápido e leve, já que vinha de leituras mais densas ao longo do mês de março. E não me arrependi. Eu adorei a escrita do Koda e quero muito ler mais histórias do autor, assim como eu espero poder revisitar esse trio em um futuro próximo (talvez isso seja uma intimação para o Koda? Talvez).

Leia também: TBR: O que eu irei ler em abril

Título: Jogador número 3
Autor: Koda G.
Quantidade de páginas: 51
Publicação Independente
Gênero:
 Ficção / Conto / Erótico / LGBT / GLS / Romance
Ano: 2020
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Minha classificação: ★★★★★ 
(5/5+favoritado)

Um romance LGBTQI+, trisal, de aquecer o coração

Dani é namorada de Alina. E Alina é namorada de Guto. Em um relacionamento aberto, Alina mantém relações amorosas com Dani e Guto, com consentimento de ambos, mas separadamente. Ou seja, Dani não tem contato com Guto. Não até o momento em que a quarentena chega e a obriga a conhecer mais de perto o namorado da mulher que ama.

Quando a pandemia se agrava e a quarentena obriga as pessoas a ficarem em casa, Alina convida Dani para passarem esse tempo juntas na casa de Guto, que é totalmente a par da ideia e convicto de que, sendo a casa dele a mais longe da população, essa é a melhor solução para eles naquela hora.

Por isso, e pela vontade de ficar ao lado de Alina, Dani aceita o pedido, começando assim a conviver com Guto e conhecê-lo mais intimamente. Os três passarão por momentos intensos, tanto por conta do momento difícil que a pandemia resulta para todos como também por conta da preocupação com familiares, mas também conseguirão ser felizes um ao lado do outro.

Com uma narração em primeira pessoa através dos olhos de Dani, Jogador número 3 contém referências divertidíssimas ao mundo do RPG e dos vídeo games, ao mesmo tempo em que também aborda a representatividade LGBTQI+ e racial, já que os três são pessoas negras e LGBT.

Inclusive é importante ressaltar que esse conto traz um romance trisal, LGBTQI+ e hot, com um conteúdo adulto para pessoas maiores de idade. Então, por favor, se você não gosta desse tipo de história recomendo que passe longe e deixe para os leitores que apreciam. Nada de apontar o dedo para o amiguinho ou falar mal daquilo que VOCÊ não se sente a vontade em ler.


“— E o que a gente faz agora? — Guto disse. ​Eu não fazia ideia. ​Mas não importava o quê, eu só esperava que fosse com eles.”

Reprodução: Biblioteca Pessoal

Jogador número 3 tem de tudo um pouco: o conto encanta, emociona e deixa os fãs de hot enlouquecidos.

Que conto mais fofo! Eu me encantei pelos personagens, por suas histórias e por seu amor, querendo cada vez mais páginas, mais momentos, mais um tempo com eles. Eu não queria deixá-los, e agora já sinto saudades de cada um.

Eu me senti envolvida com suas tramas, principalmente por se tratar de uma história que se passa em plena pandemia, onde o trio deve aprender a conviver junto, se apoiar nas horas difíceis, não ter vergonha das crises que o momento propõe e se sentir à vontade para desabar na hora que for preciso.

Eu me senti acolhida por eles, quis ser amiga do trio e também quis jogar RPG com eles. Inclusive esse foi um dos detalhes que também mais gostei: a inclusão de D&D na história, já que eu amo esse sistema e nunca tinha visto em nenhum outro livro, ainda mais por ser encaixado ali na trama de forma tão natural, tão simples.

Outra coisa: eu não costumo gostar de romances que tem cenas +18, mais hot, inclusive os evito, porém nesse não me incomodei. Realmente pude ver a beleza dos atos em si, da liberdade de cada um e do amor que eles emanavam um pelo outro. Achei de uma delicadeza ímpar, mas também muito bem descritivas e sensuais. Confesso que amei.

Não tenho palavras para dizer o quanto fui acolhida pelos personagens e por suas histórias, apenas espero que minhas palavras tenham lhe despertado a mínima curiosidade que seja, pois preciso que mais leitores conheçam Dani, Alina e Guto.


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