Finalmente, The Batman está entre nós! Dessa vez, Robert Pattinson assume a capa do herói, trazendo para nós uma interpretação imersiva e digna do Morcegão; Zoë Kravitz vive na pele de Selina Kyle, extremamente inteligente, feroz e sexy; Paul Dano é o nosso Charada, entregando um personagem insano que nos amedronta apenas com o tom de sua voz.
Eu não assisti a todas as adaptações do Batman, e por isso não tenho o direito de fazer qualquer comparação aqui, tão pouco acho que seja relevante. Mesmo assim, antes desse filme, eu já tinha um Batman nos cinemas preferido, o que pode ter sido mudado a partir de agora.
Afinal, eu nunca fui lá grande fã do Batman, acredito que ainda faltava algo para conseguir gostar dele por completo, mas o Pattinson conseguiu fazer com que eu enxergasse o personagem de uma forma diferente, talvez até de um jeito novo.
⚠ Esse post não contém spoilers. Leia-o tranquilamente e sem medo. ⚠
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A história do morcego contada mais uma vez
Bom, acredito que todos vocês – ou a grande maioria – já saibam da história de construção do personagem. Bruce Wayne é um órfão que presenciou o assassinato de seu pai e de sua mãe. Quando cresce, aos cuidados e com a ajuda do mordomo Alfred, ele decide combater os crimes que há em Gotham ao mesmo tempo que precisa cuidar dos negócios da grande família Wayne.
Aqui, a história se repete, mas com alguns detalhes mais apagados do que outros. Continuamos tendo um Bruce Wayne solitário, com embates pessoais, mas que não se importa muito com a empresa que o pai deixou. Agora, temos um Batman menos experiente, com apenas dois anos de experiência, que erra, apanha e precisa de ajuda.
Porém, quando eu digo menos experiente em momento nenhum eu quero dizer fraco. Bruce é inteligente, perspicaz e sabe o que está fazendo, sabe como lutar com demônios disfarçados em peles de humanos (mesmo que às vezes a raiva e a loucura possam subir a cabeça) e também sabe como o crime funciona em sua cidade. Ele é decidido, um pouco confuso às vezes, mas sabe quando deve pedir ajuda e quando deve ajudar o outro.
No início do filme, ele é a encarnação da vingança; tem sangue nos olhos, deseja fazer a diferença mesmo que seja através da violência. Porém, será ao decorrer do filme que o personagem terá a sua evolução pessoal e perceberá que nem tudo está pautado em sangue. Há momentos que, para sermos reconhecidos e ficarmos satisfeitos, podemos fazer apenas o mínimo.
Investigativo, brutal e fascinante
Um dos aspectos que mais gostei em The Batman é que o filme não se prende em apenas parecer ser um longa de super heróis. Mas o que eu quero dizer com isso? Bem, ele não se prende a fórmulas dos demais filmes da DC, por assim dizer, como a própria Marvel faz em todos os seus filmes ao repetir certos aspectos.
Em The Batman há uma áurea intensa do sombrio que rodeia o personagem a todo momento, como acontece, na maioria das vezes, com ele. Mas dessa vez o ritmo do filme se prendeu nas investigações, no tom da descoberta, do espectador descobrindo cada pista junto com o Batman e ficando em choque junto com o Gordon. Há um clima perceptível de filmes e livros de thriller, focando em cenas que nos deixam curiosos e que nos fazem segurar o fôlego.
E, provavelmente, foi isso que mais me conquistou no filme e me pegou pela mão para adentrar em um mundo que parecia que eu nunca tinha visitado antes. Tudo parecia sombriamente novo e isso me deixava com vontade de explorar e descobrir cada coisa, cada personagem. Eu queria ver as habilidades da Selina Kyle e como o relacionamento dela com o Batman iria se desenrolar; eu desejava ver os próximos passos do Charada, mesmo que eu me sentisse extremamente desconfortável com a sua psicopatia; eu ansiava pelas pequenas participações, fosse do Gordon, ou do Alfred, ou do próprio Pinguim.
Além, é claro, do teor de desgraçamento mental que nos deixa esgotados, mas fascinados por tudo aquilo. O desgraçamemto mental é uma forma diferente de dizermos que tal história mexeu com o nosso psicológico e que, mesmo afetados por cenas extremamente gráficas, adoramos isso.
Mas The Batman é tudo isso mesmo?
Sim, é. Mesmo trazendo um personagem que já vimos inúmeras vezes no cinema, The Batman é original, imersivo e entrega uma narrativa de qualidade com personagens bem construídos e que nos despertam as mais diversas sensações (chega a ser impossível não arrepiar com aquela cena no final, com aquele determinado personagem).
Arrisco em dizer que o longa é uma experiência positiva até para aqueles que não gostam de filmes de super heróis, já que a investigação, o ritmo em estilo de thriller e as nuances sociais da história fazem com que o telespectador não foque apenas na caracterização do personagem, mas também, em grande escala, nos demais detalhes da história e nos mistérios que vão surgindo ao longo das horas.
Assim, The Batman é um filme difícil de não agradar ao público certo
Para alguns, o filme pode não ser perfeito e ter alguns defeitos. Para mim, o filme entregou tudo, tanto em atuações, como também em trilha sonora, fotografia e história. Com ele, eu senti tudo que eu mais gosto de sentir ao assistir um filme: sensações de terror e agonia, surpresas com as reviravoltas e plots, temor pelo destino de alguns personagens e alegria por ter presenciado algo tão bom.
Posso dizer que, ao final do filme, eu saí da sala de cinema com um sorriso no rosto. Talvez em uma segunda assistida eu perceba algo que eu não goste, ou talvez o filme continue intacto e excelente para mim. Nesse momento, isso não importa. Para mim, apenas importa tudo que senti com o filme e como agora me sinto realizada por ter presenciado um lado do personagem que tanto me agradou.
Por isso, espero que também tenha agradado a você. Mas, se ainda não decidiu se dará uma oportunidade ao novo Batman, mesmo depois de tantos elogios citados aqui, só posso dizer para você aproveitar a oportunidade e desfrutar dessa experiência o mais rápido que puder.
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Sou fã do Batman. Sempre foi um dos meus heróis favoritos.
Fiquei surpresa, na época, quando Robert foi indicado ao papel da nova saga do morcegão.
huahuahuahuahuahua
E pelo visto, levando em conta as boas críticas, o enredo e atuação não deixam a desejar.
Ainda preciso assistir, mas já fiquei animada com a nova perspectiva relacionada com primeiro longa da série.
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