Vocês já conhecem a coleção Clichês em rosa, roxo e azul, da autora Maria Freitas? Essa coleção é composta por 12 narrações curtas com protagonismo bissexual – explorando também personagens com gêneros diversos -, incluindo o conto Um corpo de verão entre eles.
A autora traz temas diversos em cada conto, contando também com a variedade de gêneros textuais para agregar ainda mais em suas narrativas, como o aproveitamento da fantasia, da aventura e do romance, mesclados ou não.
Hoje, a resenha é apenas sobre Um corpo de verão, mas já fica a dica para procurarem os demais livros da coleção e escolherem para iniciar nas obras da autora aquele que mais lhe chamar a atenção. E olha, a variedade é grande e tem para todos os gostos literários!
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Título: Um corpo de verão
Clichês em rosa, roxo e azul #2
Autora: Maria Freitas
Quantidade de páginas: 53
Publicação Independente
Gênero: Ficção / Romance
Ano: 2020
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Compre: Amazon
Minha classificação: ★★★ (3/5)
Para você, o que é um corpo de verão?
Vanessa e Bianca costumavam ser melhores amigas desde a infância. Mas por conta do destino e de problemas pessoais houve um rompimento repentino na amizade que causou um afastamento estranho entre as duas.
Agora, após esse momento separadas, Vanessa decide passar o final de semana com a família de Bia em um clube. Elas irão se reencontrar e, mesmo com o clima tenso no começo, poderão, se elas se deixarem, reviver essa amizade novamente e, quem sabe, um novo romance.
Vanessa é uma garota negra, gorda e bi, e essas questões serão exploradas a todo momento: a gordofobia mascarada de piadinhas e comentários desnecessários, o apagamento do bissexual quando teve um relacionamento considerado “hétero” e até mesmo a imigração de sua mãe para outro país em busca de um futuro melhor para as duas.
Um corpo de verão é um conto que trata de assuntos sérios e importantes, mas de maneira mais leve, aconchegante, tendo momentos engraçados e sérios. Há muito debate com foco em questões sobre o corpo e sexualidade, também trazendo referências do mundo pop e momentos de aquecer o nosso coração.

Um corpo de verão foge do clichê e trata da representatividade como forma de acolhimento
A representatividade exposta no conto é ótima, já que trata de alguns temas importantíssimos. A história traz uma vibe estilo sessão da tarde, sendo aquela narrativa feita para que nos conectemos de forma rápida com as personagens e com seus problemas pessoais, para que possamos sentir compreensão e compaixão com suas lutas internas, para que possamos torcer com suas pequenas vitórias e para que possamos suspirar com o romance no ar.
Nisso tudo achei que o conto se fez muito bem com sua proposta, pois realmente a protagonista é uma garota incrível e engraçada que faz com que queiramos acompanhá-la nesse final de semana. E, claro, o romance também é de deixar nosso coração aquecido e de soltarmos alguns suspiros de tão doce e fofo que é.
Mas confesso que, mesmo assim, eu senti algo faltando na história. Não sei se eu esperei por algo diferente e daí minhas expectativas não deixaram eu aproveitar e desfrutar com mais leveza da história; não sei bem o que eu esperava, na verdade. Porém quando o terminei eu ainda queria mais um pouco.
De qualquer forma, é uma leitura super rapidinha que não decepciona se você procura por algo mais leve, engraçado e fofo. Eu li de uma vez só, já que a leitura é fluida e gostosa, sendo ideal para nos tirar de ressacas literárias e nos deixar felizes com a história de Vanessa e Bia. Além disso, ainda pretendo ler os demais livros da autora que fazem parte dessa coleção.
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Eu já baixei todos os contos da série, em uma tacada só.
Ainda não os li, mas já quero.
Tenho lido muitos livros com protagonismo homossexual, principalmente os sáficos.
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