Literatura

Resenha: “Sinceridade (Liames)” – Letícia Pusti

Sinceridade (Liames) foi a leitura coletiva de maio do Clube Claricimas, o meu clube de leitura onde lemos obras nacionais escritas por mulheres. Às vezes, gostamos de dar prioridade para leituras mais rápidas e essa foi a primeira vez que arriscamos ler juntas uma HQ.

A experiência foi super positiva, pois Sinceridade, além de ser uma HQ curtíssima, é uma obra que traz diversas reflexões através de diferentes perspectivas, o que resultou em um debate frutífero mesmo que a história tenha menos de 30 páginas.

Reprodução: Biblioteca Pessoal

Leia também: Boa Sorte, de Helena Cunha

Título: Sinceridade
Liames #1
Roteirista e ilustradora: Letícia Pusti
Quantidade de páginas:
 23
Editora Mamakoosa
Gênero:
 Ficção / HQ, comics, mangá
Ano: 2017
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Minha classificação: ★★★★ (4/5)

Você está satisfeito com o rumo da sua vida?

Em Sinceridade conhecemos Sara, uma mulher que, ao ouvir uma conversa no ônibus, decide mudar o rumo de sua vida, de suas escolhas. Ela fica impactada com a notícia do suicídio de um desconhecido, e isso faz com que ela perceba o quanto a vida pode ser curta, passageira, e que basta apenas a nós decidirmos como queremos aproveitá-la.

Será que a vale a pena nos apagarmos, deixarmos de viver momentos que seriam incríveis, por medo? Medo do que os outros irão pensar, medo de nos arrependermos, medo de ao menos tentar…

Assim como muitos de nós, Sara tem medo de ser quem ela é, de viver o momento, o agora, de se permitir ser feliz. Porém ela perceberá o quanto isso a está fazendo infeliz e tomará uma decisão para mudar sua vida, afinal para ela ainda há tempo.

TW: a HQ faz menção ao suicídio.

Reprodução: Biblioteca Pessoal

Sinceridade é uma HQ que, mesmo simples, gera impacto e reflexões permanentes

Sara é gente como a gente. Ela tem seus medos, suas inseguranças, seus arrependimentos. Mas é incrível como uma conversa alheia pode estalar um ímpeto dentro dela – e de nós -, forte o bastante para gritar por mudanças e liberdade de sentimentos.

O traço da HQ é bem simples, mas traz características fortes, nos puxando com intensidade para dentro da arte e fazendo com que nós sintamos cada parte dela, cada aspecto mais escuro, cada sombra. Inclusive, essas sombras nos puxam para o fundo de Sara, para sua solidão e suas incertezas, ao mesmo tempo que o brilho final – o quadro vazio, como um recomeço – nos puxa para uma nova vida, sendo um respingo de um suspiro de alívio.

Por mais que a HQ seja curta, os sentimentos e reflexões que ficam conosco são permanentes e para sempre. A gente sente uma relação de proximidade com Sara, e por isso, além de torcermos para o seu final feliz, também queremos uma revolução em coisas na nossa vida que não nos agradam. Somos um pouco de Sara, enquanto Sara também é um pouco de nós, e isso faz com que a mudança seja mútua, dos dois lados.

Sinceridade é uma leitura quase obrigatória para quem está vivendo a vida adulta, pois ela nos faz pensar e repensar em como estamos construindo nosso futuro e se estamos vivendo da maneira certa, da maneira que nos orgulhe, da maneira que nos faça feliz e que se tivéssemos que partir hoje pudéssemos constatar que vivemos tudo que queríamos.


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