Literatura

Resenha: “Amor(es) Verdadeiro(s)” – Taylor Jenkins Reid

Eu não sou uma pessoa que costuma embarcar em leituras hypadas, ao menos não perto das datas de lançamento. Se eu gosto de um livro muito falado na Internet por produtores de conteúdo eu espero essa poeira abaixar para só depois dar uma chance ao título, pois, infelizmente, se eu entrar na onda de entusiamo dos outros leitores a chance é grande de me decepcionar.

Por sorte a minha primeira experiência com a Taylor Jenkins Reid não foi ruim. Muito pelo contrário, eu amei Os sete maridos de Evelyn Hugo, um dos livros mais hypados do ano passado. E por isso prometi a mim mesma ler tudo que a autora publicasse no Brasil, pois eu não queria perder mais nenhuma de suas obras. Ainda não li Daisy Jones and The Six, mas com certeza será uma das minhas próximas leiuras, já que passei Amor(es) Verdadeiro(s) na frente.

Leia também: Os sete maridos de Evelyn Hugo

Título: Amor(es) Verdadeiro(s)
Autora: Taylor Jenkins Reid
Quantidade de páginas: 353
Editora Paralela
Gênero:
 Ficção / Romance
Ano: 2020
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Compre: Amazon
Minha classificação: ★★★★★ (5/5) 
* E-book cedido pela editora

Um só coração é capaz de amar duas pessoas distintas?

Emma e seu noivo Sam estão juntos em um jantar de família para comemorar o aniversário de seu pai quando ela recebe um telefonema estranho de DDD desconhecido. Apesar de não reconhecer o número da chamada, a voz que diz seu nome do outro lado da linha é impossível de ser confundida: é a voz de seu marido Jesse.

Há três anos e meio Jesse sofreu um acidente de helicóptero quando estava trabalhando em outro país e ao não ser encontrado acabou sendo dado como morto. Jesse era o amor da vida de Emma desde a adolescência. Eles se conheceram ainda jovens, começaram a namorar logo depois e se casaram para nunca mais se separarem. Porém o acidente não estava nos planos e isso causou em Emma uma depressão profunda, daquelas sem nenhuma perspectiva de futuro.

Porém quando ela foi forçada a voltar para sua cidade natal após virar viúva, um reencontro com Sam, um amigo da juventude, a fez olhar pela primeira vez para frente. Havia chegado a hora de seguir em frente, de traçar o próprio caminho sem o falecido marido e se deixar viver um novo amor, tão profundo e intenso como aquele do passado, mas de maneira diferente.

Agora que ela estava com Sam e estabelecida novamente, Jesse havia voltado. Não estava morto e nem desaparecido mais. Estava ali novamente, com ela. Mas o que fazer? Como deixar de lado o seu primeiro e verdadeiro amor? Como desfazer um noivado com aquele que tanto amava? Com quem ela devia ficar? Quem ela deveria amar?

Mas não se engane, pois acima de ser uma história sobre amores verdadeiros, laços eternos e decisões impossíveis, o livro também aborda as mudanças que sofremos ao decorrer de nossas vidas e como tudo isso nos transforma em quem somos. Emma cresceu depois da suposição da morte de Jesse, tornou-se alguém diferente daquela com quem ele havia se casado, mas agora como mostrar isso a ele? E será que ele a amaria mesmo assim, sendo uma pessoa diferente agora? E, além disso, será que ela se ama e se aceita do jeito que é?


“Talvez estivesse na hora de simplesmente… ser eu mesma.”

Uma história sobre amar a si mesma, suas raízes e sua família

No início da leitura imaginei que fosse apenas um livro como qualquer outro e confesso que não me apeguei muito a ele. Porém, no terceiro dia de leitura quando avancei os primeiros 20% já tive a certeza que a Taylor não é o tipo de autora que faz um livro qualquer. À partir daí devorei o livro, sem querer parar de lê-lo, sendo consumida pela curiosidade para saber o que ia acontecer com Emma e com a sua vida pessoal, amorosa, mas, principalmente, o que aconteceria com ela em seu íntimo.

É incrível como a autora desenvolve muito bem os seus personagens e como todos os que ganham destaque têm grandes camadas dentro de si. Um exemplo claro disso é a relação que a Emma constrói com a irmã Marie, que na adolescência era conturbada e cheia de raiva, mas que depois, no futuro, acaba tomando proporções inesperadas, construindo assim uma conexão que antes ambas não imaginavam ter. É bonito de se ver e nos deixa orgulhosos por Emma.

E acredito que é por isso que eu gosto tanto da escrita da autora, pois ela foca bastante nos sentimentos e nas relações dos personagens. Ela dá voz a cada um que está inserido na história, nos mostrando o lado e visão de cada vida. Eu consegui me colocar no lugar da Emma, sentir a sua perda e, posteriormente, confusão; consegui entender o seu lado, mesmo que eu já tivesse alguém específico para torcer (olá, Sam!). Tive o meu coração destruído em dezenas de pedaços, mas recolhidos e juntados ao final, deixando-o aquecido.

Foi um livro emocionante, forte e duro de se ler, mas que trouxe bastante reflexão sobre o que eu quero ser e o que eu quero me tornar, o que eu quero para mim mesma e como devo dar destaque e atenção a isso, antes de se dedicar a um relacionamento amoroso. Um livro que trata de luto, superação e culpa, mas também que traz temas como o amor verdadeiro e a base para amar (seja você mesma ou o próximo).


“Você sabe que nunca vai estar realmente livre do luto. Sabe que vai ter que aprender a conviver com ele, a administrá-lo. Você começa a entender que o luto é crônico. Que não tem cura, apenas remissões e lapsos. Isso significa que não dá para você ficar parada esperando tudo passar. Precisa seguir em frente, assim como é preciso nadar para atravessar a arrebentação.”


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2 thoughts on “Resenha: “Amor(es) Verdadeiro(s)” – Taylor Jenkins Reid”

  1. Olá, como vão as coisas por aí?

    Eu já vi muita gente recomendando não só esta, mas outras obras da Taylor Jenkins Reid. Apesar de eu não curtir muito romances, quando tem uma vibe diferenciada, como “Amores verdadeiros”, eu fico bem curioso para saber mais sobre a história haha. Sua resenha me fez querer ainda mais conhecer a escrita da autora.

    Abraços!
    Acampamento da Leitura

    1. Fico feliz em saber que te despertei curiosidade. Eu AMO a escrita da Taylor, e olha que esse foi apenas o meu segundo contato com ela. Sinto que ela escreve de forma magnífica e do jeitinho que eu gosto, além, é claro, de focar muito em relações inter-pessoais e no íntimo de seus personagens. Acima de ser um livro sobre romance, é um livro sobre pessoas, e acho que isso irá te agradar.

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