Nos últimos dias de 2020 tudo que eu queria era ler histórias mais curtinhas e por isso peguei algumas HQs para finalizar o ano. A Samurai: Primeira Batalha foi uma delas e me arrependi de não tê-la lido na época que comprei, lá na CCXP de 2018.
Foi uma leitura relativamente rápida, mas que aqueceu o meu coração através de sua protagonista, Michiko. A parte ruim da história é que essa HQ é bem curtinha, e com isso termina muito rápido. E eu queria mais da Michiko, mais de sua história. Ela me conquistou a esse ponto.
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Título: A Samurai: Primeira Batalha
A Samurai #3 (Spin-Off)
Roteirista: Mylle Silva
Artistas: Renata Nolasco, Mary Cagnin, Chairim Arrais, Má Matiazi e Jéssica Lang
Quantidade de páginas: 64
Editora Nhom
Gênero: Ficção / Quadrinhos / Aventura / Drama / Fantasia / Romance
Ano: 2017
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Minha classificação: ★★★★ (4/5)
O início: a busca e a culpa de Michiko
Idealizada e criada por Mylle Silva e desenhada por cinco artistas mulheres, cada uma dando vida a um momento da história de Michiko, A Samurai: Primeira Batalha é uma obra produzida apenas por mulheres e que traz um grande e intenso girl power em suas poucas páginas.
Michiko é uma gueixa em quase tempo integral, porém quando os outros não estão lhe observando ela, escondida, luta como um samurai. Isso deve-se a sua vontade e garra em buscar por sua família e resgatá-los, sendo assim preciso que algumas escolhas diferentes de seus ideais e princípios sejam feitas.
Entretanto suas convicções parecem se abalar quando Michiko mata um homem inocente na frente da família dele. Desamparados, com fome e sem o patriarca da família, Michiko decide ajudá-los sem que se saiba que ela foi a causa da morte do pai daquelas crianças.
A Samurai: Primeira Batalha serve como um prelúdio da história da protagonista, tendo mais duas edições que foram publicadas anteriormente, A Samurai #1 e A Samurai: Yorimichi #2.
A Samurai: Primeira Batalha conquista e aquece o nosso coração.
Até o momento eu li apenas A Samurai: Primeira Batalha #3, sem ter tido contato com os anteriores, e posso dizer que isso não afetou a minha experiência de leitura. Pelo contrário, eu só soube que era um prelúdio ao final na parte das notas e isso fez com que eu desejasse ler as demais urgentemente. Inclusive pretendo adquiri-las ao decorrer desse ano, se tudo der certo.
É incrível como cada traço diferente, de cada autora, combina perfeitamente com cada momento da história. O resultado da junção dessas seis mulheres ficou maravilhoso e eu adorei tê-lo em mãos, pois pude apreciá-lo devagar a cada página. É tudo muito bonito, singelo e forte.
Eu me envolvi com a história e objetivo de Michiko e sofri junto com ela, senti todas as suas dores, arrependimentos e sofrimentos. Mas também me enchi de inspiração com a sua coragem e sua bondade. Michiko é uma personagem que ficará para sempre comigo e que eu gostarei de conferir todas as suas aventuras.
Rápido de se ler, mas que deixa aquele gostinho de quero mais. Ficou apenas a vontade de conhecer outros trabalhos das autoras, o que farei em breve. Para quem gosta de histórias curtas, mas com ótimas doses de protagonismo feminino e de luta pelo próprio destino, indico demais esse pequeno, mas belo, quadrinho.
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