Literatura

Resenha: “Contos Macabros” – de Kanako Inuki

Kanako Inuki é considerada a Rainha do Horror dos mangás, logo, fiquei curiosa para saber como seriam as suas histórias, pois estão aí duas coisas que me agradam muito: autoras e terror. Por isso, Contos Macabros apareceu como uma luva para isso.

Mas confesso que por ter esse título, as minhas expectativas estavam muito altas e, por mais que elas tenham sido alcançadas, ainda faltou algo. Mesmo assim, Contos Macabros se tornou uma leitura prazerosa no final e que irei recomendar para todos os fãs do gênero.

Reprodução: Biblioteca Pessoal

Leia também: Frankenstein e outras histórias de horror, de Junji Ito

Título: Contos Macabros
Mangaká: Kanako Inuki
Quantidade de páginas: 168
Editora JBC
Gênero:
 Ficção / Mangá / Terror
Ano: 2023
Skoob: Clique Aqui
Compre: Amazon
Minha classificação: ★★★★ (4/5)

A Rainha dos Mangás de Horror chegou ao Brasil!

Kanako Inuki é considerada a rainha dos mangás de horror, e esse título não é atoa. Pela primeira vez publicada no Brasil, nessa edição especial que traz seus comentários sobre cada história e uma vasta lista de coisas favoritas da mangaká, Contos Macabros nos apresenta quem é Kanako Inuki e porquê devemos admirá-la (e temê-la).

Com 6 histórias fechadas, focadas separadamente em cada protagonista, o mangá aborda muito sobre a questão da infância, trazendo histórias que contêm o bullying vivido nessa idade, o 1° amor e a 1° amizade, contrapondo também com o ato de envelhecer.

Além disso, o seu traço é característico, pois traz a delicadeza infantil ao mesmo tempo em que exibe o bizarro e o assustador nos olhos esbugalhados. Nisso, os subgêneros do horror se misturam e se mesclam, indo do terror mais leve, porém um pouco existencial, até o body horror mais expressivo e nojento, sendo assim ótimo para agradar todos os gostos.

Reprodução: Biblioteca Pessoal

Contos Macabros de Kanako Inuki nos apresenta uma vertente feminina – delicada e assustadora – dos mangás de horror

A sua arte tem uma delicadeza assustadora, pois os olhos esbugalhados conseguem passar todo o terror para nos sentirmos intimidados pelo teor das histórias, dando até mesmo aquele frio na espinha. Os traços dela são muito bons! E isso me deixou muito contente porque o bizarro era expresso com maestria.

Entretanto, talvez eu tenha desejado muito o bizarro, e nem é sempre que ela entrega isso. Às vezes ela se prende aos assuntos mais comuns da infância, o que não me prendeu tanto assim. Mas quando eu me acostumei com a sua maneira de contar as histórias e as entendi, eu consegui aproveitar melhor a leitura e ter uma experiência mais proveitosa.

Independente dos pormenores, essa foi uma leitura que me supriu quando desejei por algo mais rápido e do meu gênero de conforto, o que foi ótimo para me tirar da ressaca literária. No final das contas, fiquei com vontade de conhecer mais da autora, mais de suas histórias. Espero que a JBC traga mais títulos dela (e de outras mulheres também), principalmente agora que estou adentrando e amando esse outro lado do terror. Por mais que o mangá não surpreenda tanto assim, ainda se faz um ótimo primeiro contato com a autora e com seus traços magnificamente estranhos.


💻 Me acompanhe nas redes sociais:
FanPage | Skoob | Instagram | Pinterest

Faça sua compra na Amazon através do nosso link (clique aqui) e ajude o blog a manter-se ativo. Sem taxas ou inclusão de valores, você estará nos ajudando a continuar trazendo conteúdo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *