Entrevista Literatura

Entrevista: Geana Krause

Olá, sonhadores! Como vocês estão?
Para diversificar um pouco das resenhas literárias e indicações de filmes/séries/animes, a autora parceira Geana Krause se disponibilizou para responder algumas perguntinhas sobre o seu trabalho e também sobre escrita.

Desde o ano passado, o blog tem o prazer de ter a autora como uma parceira, ainda mais por ser alguém que eu admiro e acompanho. Com isso, tive a oportunidade de me aventurar em algumas de suas histórias, tendo mais contato com os seus contos de terror, e posso dizer que ela tem uma forma única de escrever que nos transporta diretamente para a pele do protagonista. Ela também é autora de livros infantis, sendo assim possível que você conheça o trabalho dela no gênero que preferir.

Vamos conferir as perguntinhas?

Leia também: De volta a Salem, organizado por Geana Krause

Reprodução: Geana Krause

Vamos conhecer a autora?

1) Para mim e os leitores te conhecerem melhor, conte-me um pouco sobre você: hobbies, livros e autores preferidos, manias de escrita, etc.
Eu tenho uns hobbies estranhos, gosto de ver muito documentário relacionado a história e arte. Amo aqueles de visita a museus. Também pesquiso coisas relacionadas a crimes não resolvidos e Serial Killers. Sigo alguns canais no youtube de investigação. Curto muito assistir filmes de terror, acho que perdi a conta de quantos já assisti. Leio bastante, mas menos do que deveria. Como sou professora estou sempre lendo algo relativo a minha profissão e a leitura por hobbie fica às vezes um pouco de lado.
Tenho vários autores preferido desde Edgar Allan Poe à Stephen King. Mas tenho aqui no Brasil os meus preferidos: Moacyr Scliar , Érico Veríssimo e Augustos dos Anjos. Como leio de tudo um pouco, tenho vários exemplos de bons escritores.
Minha mania de escrita é anotar tudo antes, estou sempre escrevendo e anotando as ideias para roteiros. Também não escrevo sem café e ouvindo alguma música de fundo. A música me inspira sempre.

2) Com qual idade você começou a se interessar pela escrita e o que lhe motivou a começar a escrever a sua primeira história?
Desde muito pequena, acho que com 7 anos, já criava pequenas histórias. Mas achava que não ia ser uma escritora, era algo por diversão. A primeira história foi motivada pela minha experiência como professora. Foi algo muito bem pensado e trabalhado. E mais que tudo é uma virada, pois quando se decide que você vai colocar “a capa de escritor” é algo que não tem volta. E deu certo, desde a primeira publicação não parei mais.

3) O que mais lhe inspira para escrever?
O ato de escrever é viciante, assim que você embarca nesta aventura as coisas vão acontecendo. Quanto as histórias, todas têm alguma inspiração nas minhas experiências de vida. Pode ser apenas um detalhe, mas existe algo real nelas.

4) Qual gênero você mais gosta de se aventurar na escrita e por quê?
Na verdade fico entre dois gêneros, o infantil e o terror. Mas a explicação é que como professora o gênero infantil me aproxima mais dos alunos e é onde posso mesclar os conhecimentos da minha formação que é pedagogia com a escrita.
Agora o terror é um gênero que sou fã, me aprecia todo este universo fantástico, o suspense também. É uma escrita que pode ser muito explorada e leva o escritor a vário lugares, e o final é sempre diferente do que os “vieram felizes para sempre”.

5) Divida conosco um pouco sobre a história dos seus livros.
Comecei escrevendo um livro infantil Que bicho é esse? Advinha!, foi uma publicação independente. Depois comecei a participar de antologias, e as de terror foram a que me chamaram mais atenção. Os contos formam sendo publicados por diversas editoras. E acabei também me aventurando em organizar antologias. Hoje tenho mais de 30 participações em coletâneas e 6 livros solos publicados, sendo um dele o Gritos, ed. Circulo Soturnos, que é um livro de terror. Foi um desafio escrevê-lo, mas também uma experiência maravilhosa.
Este ano de pandemia está sendo um divisor de águas para minha escrita e para o trabalho como contadora de histórias. Diminui a produção de contos em antologias e estou me dedicando mais a meus projetos solos. Muitos deles que estavam engavetados há um tempo. Principalmente as histórias voltadas para o público infanto-juvenil.
Idealizei um projeto, mais com a vontade de fazer algo diferente e poder levar a literatura as crianças. O Projeto Colcha de Retalhos ainda está em andamento, tenho ideias do que pode ser incluído futuramente nele. Para iniciar lancei o livro infantil Quando o Monstro for Embora, pela editora Leia Livros, um livro que tem sua versão em e-book totalmente gratuita. Esta proposta veio ao encontro do projeto que visa compartilhar com o maior número de crianças a literatura.
O livro Quando o Monstro for Embora fala sobre quando o corona vírus irá embora. E traz uma mensagem de paz e esperança para as crianças. Está sendo trabalhado em diversas escolas pelo Brasil, bem como na Argentina, Uruguai, Angola, Paraguai e Espanha. Dentro do projeto haverá outros livros a serem lançados de forma gratuita e também algumas visitas as escolas públicas. Essa é uma atividade que sempre realizei com muito prazer, mas que agora será feita na proposta deste novo projeto, de um jeito mais organizado.
Para adquirir o livro Quando o Monstro for Embora acesse.

Reprodução: Geana Krause

6) Atualmente você tem alguma história em andamento? Se sim, poderia nos contar um pouco sobre?
Tenho dois livro de terror a serem escritos, um é A casa e outro a continuação de Gritos. Na área infantil O menino Azul, que está em processo de finalização.

7) Como a sua família reagiu quando soube que você queria seguir a carreira de escritor(a)? Teve alguma reação negativa ou desmotivadora?
Eles no início não acreditaram, só levaram a sério quando viram o livro impresso. Mas eles me motivam, são um grande apoio. Infelizmente no nosso país não se sobrevive apenas da literatura. Então sigo lecionando e escrevendo.

8) Quais conselhos você divide com os novos escritores? Tanto no meio da escrita como também sobre publicação, criatividade, etc.
Pesquise muito, leia, converse com escritores, conheça muito bem o mercado editorial e tenha uma rede de amigos escritores para fazer trocas. Quanto a escrita, tudo é treino, a leitura nos ensina muito. Um bom escritor é sempre um ótimo leitor.

9) Onde podemos encontrar as suas obras e acompanhar os seus trabalhos?
krausegeana.wixsite.com/autorageana
www.facebook.com/geana.taisakrause
www.facebook.com/escritorageanakrause/
instagram.com/geanakrause

10) E para finalizar: nos indique um livro especial para você e nos conte um pouquinho da sua história com ele.
Um livro especial é o Ponte para Terabítia, a história é muito boa com um final inesperado. Pode até parecer um livro bobo, mas tem uma carga dramática. Gosto de livros que falam sobre a adolescência. Ele tem um carga emotiva, pois li ele com meu filho. Então ficará na minha memória como uma boa lembrança.

Leia também: Os arquivos do Padre Miguel, organizado por Geana Krause

Reprodução: Geana Krause

Você já conhecia a autora e as suas obras?

Sempre digo por aqui o quanto é importante darmos atenção e valorizarmos a Literatura Nacional, principalmente a contemporânea. Sei que muitos leitores não gostam da nossa Literatura, seja por algum trauma na época de escola ou porque, simplesmente, não gosta. Mas, mesmo assim, não custa nada valorizar e dar importância àquilo que é feito no nosso país, certo?

Constantemente eu tento ler e divulgar autores e autoras nacionais, principalmente os independentes, pois, como autora independente e até mesmo como leitora, sei o quanto é difícil ter o seu trabalho reconhecido e, às vezes, lido. Acompanho a Geana nas redes sociais e vejo o quanto ela é empenhada em espalhar Literatura por aí, em todos os seus gêneros e formas, seja escrevendo romances mais longos ou organizando antologias.

Por isso peço para que vocês a acompanhem também. Deem valor aos nossos autores e, juntos, vamos ajudá-los a realizarem os seus sonhos. Vamos dar valor ao que é nosso.


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2 thoughts on “Entrevista: Geana Krause”

  1. Oi Thainá!!

    Aff é tão maravilhoso quando autores que a gente adora são tão acessíveis não é mesmo? Meu sonho de princesa é realizar esse tipo de proeza com meu autor favorito kkkkkkk
    Menina ela gosta de escrever desde os 7 anos, tem espírito de escritora mesmo, quando é para ser simplesmente é! Adoro com ela consegue ser completamente eclética e escrever livro infantil e em contrapartida também escrever livros de horror hahaha

    Beijos!
    Eita Já Li

  2. Oi, tudo bem?
    Eu não conhecia a autora ainda, mas adorei a entrevista. Achei bem legal ela escrever dois gêneros tão diferentes e o que motivou ela a querer escrever em cada um deles. Confesso que não leio nem livros infantis e menos ainda terror, por isso acho que não daria uma chance para os livros dela. Mas quem sabe se um dia ela se aventurar em outro gênero né?
    Beijos!

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