Em comemoração a renovação da parceria com a Companhia das Letras, decidi compartilhar com vocês os meus títulos preferidos do catálogo da editora, englobando todos os selos dela. A lista vai intercalar entre terror, nacionais, romances e não-ficção, todos gêneros que adoro e leio com frequência.
Sendo a Companhia das Letras uma das minhas editoras preferidas e também sendo aquela que mais consumo em questão de leituras, fiquei muito feliz em saber que estarei mais um ano ao seu lado, podendo compartilhar aqui os lançamentos em primeira mão e recebendo livros que eles acham a minha cara. Mas enquanto os lançamentos não chegam, que tal anotar essas outras dicas que também são imperdíveis?
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Depois do Sim
de Taylor Jenkins Reid
Até o momento eu amei absolutamente todos os livros que li da Taylor Jenkins Reid, mas Depois do Sim foi aquele que mais me fisgou justamente por ter me mostrado coisas que eu relutava em enxergar em minha vida pessoal. O livro me trouxe ensinamentos, reflexões e partes emocionantes, tornando-se assim um preferido da minha vida.
Depois do Sim retrata o lado verdadeiro – e muitas vezes duro – de um relacionamento amoroso, trazendo as dificuldades entre o casal Lauren e Ryan, às vezes aparentemente insuperáveis, e fazendo com que nós presenciemos o momento decisivo de uma separação momentânea. Mas é nessa separação que o amor pode surgir mais forte, que pode renascer com mais felicidade e saudade e que mostrará a importância de um na vida do outro.
Um livro emocionante que muitas vezes me levou as lágrimas, principalmente em uma cena específica no final que me tocou demais (não consigo ler histórias com avós sem lembrar da minha). Você pode ler a resenha e minha opinião completa aqui neste post.
O Impulso
de Ashley Audrain
O Impulso foi a minha primeira leitura do ano, iniciando 2021 já com um thriller de tirar o fôlego. O livro não traz aquele clima frenético que grande parte dos thrillers trazem, mas se baseia no mistério da filha de Blythe, a protagonista, ser a responsável por alguns assassinatos e maldades terríveis, fazendo assim com que a atmosfera da leitura seja constantemente sombria e pesada.
Eu adoro ler sobre a maldade humana em crianças, seja ficção ou não-ficção, porque às vezes é ainda mais assustadora do que quando são adultos. E posso dizer que O Impulso me surpreendeu bastante, me deixando muito curiosa pela verdade e odiando certos personagens. Você pode ler a resenha e minha opinião completa aqui neste post.
A vida invisível de Eurídice Gusmão
de Martha Batalha
Esse eu li em 2019, e admito que não me lembro muita coisa da história, porém o sentimento da leitura permanece em mim e ainda acredito ser obrigatória para todas as mulheres. Eurídice é uma protagonista apagada, sem muitas perspectivas de uma vida diferente, além de ser dona de casa, mãe e esposa. Afinal, qualquer passo diferente da rotina estabelecida é vedado pelo marido.
A irmã de Eurídice fugiu quando elas ainda eram jovens, e isso causou um sofrimento em Eurídice que nunca foi apagado ou remendado. As duas são diferentes uma da outra e a vida que escolheram são o oposto, mas, mesmo assim, é possível criar uma conexão e identificação com ambas, o que deixa a leitura ainda mais intensa, significativa e melancólica.
E mesmo que a história seja narrada ao longo da década de 1940 até 1960, as semelhanças com as mulheres da nossa vivência, da nossa atualidade, ainda são tristemente gritantes. É como se lêssemos a história de vida de nossa mãe, nossas avós ou de mulheres que conhecemos ao longe. Você pode ler a resenha e minha opinião completa aqui neste post.
Uma mulher no escuro
de Raphael Montes
Mais um thriller na lista, mas agora de um autor nacional, o Raphael Montes. Eu já li dois livros do autor, esse e Jantar Secreto, sendo Uma mulher no escuro o meu preferido até agora. Ainda quero ler os demais livros, pois o Raphael tem uma maneira crua, explícita, de escrever que eu gosto bastante e sei que por isso e pelos temas abordados por ele será muito difícil eu me decepcionar com qualquer obra sua.
Uma mulher no escuro tem cenas pesadas de pedofilia e estupro e aborda temas difíceis de serem digeridos ao mesmo tempo que são importantes de serem tocados. Sendo um thriller, o leitor quer a todo momento descobrir quem está por trás do assassinato dos pais de Victoria e se a nossa protagonista conseguirá escapar dele mais uma vez agora que ele está de volta. É sufocante, gritante e perturbador, mas também é incrível a sua maneira. Você pode ler a resenha e minha opinião completa aqui neste post.
A Guerra Não Tem Rosto De Mulher
de Svetlana Aleksiévitch
Eu amo tanto esse livro que não sei porque até hoje eu nunca fiz uma resenha dele por aqui, o que eu espero me redimir em breve após uma possível releitura. Em A Guerra Não Tem Rosto de Mulher, uma obra de não-ficção, encontramos relatos de mulheres que participaram ativamente da Segunda Guerra Mundial, seja na linha de frente, na retaguarda ou em outras ocupações.
A Guerra Não Tem Rosto de Mulher é um livro importante e necessário, pois muitas vezes as mulheres são deixadas de lado na história sem ter a oportunidade de contar suas próprias vivências, sendo assim apagadas de momentos históricos. Nele vemos como as mulheres da linha de frente eram tratadas diferentes dos homens, muitas vezes não sendo dignas de honras ou agradecimentos. São relatos tristes, devastadores, mas que merecem o reconhecimento devido.
Sempre Vivemos No Castelo
de Shirley Jackson
Esse é outro livro que não lembro muitos detalhes, mas que eu amei na época em que o li. A Shirley Jackson é uma autora que admiro de longe e que tenho vontade de ler tudo que já publicou, justamente por ter gostado tanto de Sempre Vivemos no Castelo, que me surpreendeu positivamente tanto com a história como também com a escrita.
Há um mistério em volta da família Blackwood. Grande parte da família foi assassinada, sobrando apenas as duas irmãs e um tio, porém sendo a irmã mais velha, Constance, a acusada de ter envenenado os seus parentes. Por conta disso, e também por causa da má recepção do vilarejo após o ocorrido, Constance não sai mais de casa, deixando todas as tarefas que exigem sua saída nas mãos de Merricat, sua irmã caçula.
A história irá girar em torno da convivência dessas duas irmãs e do tio que mora com elas quando um primo distante chega a cidade, mudando as regras da casa e exigindo atenção e até mesmo amor por parte de Constance, que aparentemente já está na idade certa para se casar. É um suspense muito bem elaborado que traz surpresas ao longo de seu enredo e um desfecho de cair o queixo. Você pode ler a resenha e minha opinião completa aqui neste post.
Hibisco roxo
de Chimamanda Ngozi Adichie
Chimamanda Ngozi Adichie é outra autora que eu quero ler tudo! Hibisco Roxo, por enquanto, é o único romance que li da autora, mas que me fez amá-la ainda com mais intensidade. É um livro forte, difícil de ser lido, mas que nos mostra a realidade ainda presente em outro país, outra cultura.
Em Hibisco Roxo temos o fanatismo religioso usado como punição, educação e posicionamento. O pai de Kambili é um homem extremamente religioso que utiliza de sua crença para punir e abusar psicologicamente e fisicamente de seus filhos e sua esposa. É revoltante, sufocante e triste. E, além disso, ainda traz a dualidade entre as crenças, já que o pai de Kambili segue o catolicismo e abomina os deuses cultuados na Nigéria, mesmo sendo nascido e criado ali.
Entretanto o pensamento de Kambili começa a mudar quando ela e seu irmão são obrigados a ficarem um tempo com sua tia, Ifeoma, que é uma mulher viúva, professora e com pensamentos independentes e revolucionários. Você pode ler a resenha e minha opinião completa aqui neste post.
Doutor Sono
de Stephen King
A continuação de O Iluminado, Doutor Sono, me conquistou ainda mais do que o seu antecessor. E olha que não é um livro muito amado pelos fãs do autor, já que eu sempre vejo Doutor Sono sendo colocado de lado nas listas, o que é uma pena.
Eu adorei acompanhar o Danny já adulto, agora combatendo um novo mal ao lado de Abra, uma garotinha adorável; adorei a tribo Verdadeiro Nó, que traz uma personagem feminina maravilhosa e assustadora. E, inclusive, também adorei a adaptação para o cinema que conta com Ewan McGregor no papel principal. Até hoje eu não fiz uma resenha para a obra, mas pretendo reler ambos os livros e trazer minha opinião para cá. Por enquanto apenas leiam.
Eu leio bastante livros da Companhia das Letras, principalmente porque a Suma é quem publica os livros do Stephen King por aqui e, como vocês já sabem, ele é meu autor preferido. Inclusive a Companhia das Letras e seus selos predominam a minha estante e o meu Kindle, então já dá para ter noção o quanto eu amo a editora, não é?
Mas agora eu quero saber de vocês: por acaso já leram algum dos livros citados acima? Qual é o seu livro preferido da Companhia das Letras e por quê? Pode me indicar o seu favorito da editora que prometo que, caso eu ainda não tenha o lido, o lerei.
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